O
Presidente do Governo afirmou ontem, 19 de janeiro, em Ponta Delgada, que a
entrada em funcionamento da Clínica de Radioncologia apresenta, entre outros, o
grande mérito de permitir que os Açorianos afetados pela doença oncológica
possam receber tratamento mais próximo do conforto e do apoio familiar.
“A
entrada em funcionamento deste investimento apela a outros significados,
sobretudo quando consideramos que um dos grandes méritos deste investimento
está em algo de imaterial, que é o facto de um Açoriano afetado pela doença
oncológica poder recorrer a tratamentos com maior comodidade, mais próximo do
conforto e do apoio da sua família e, no fundo, ultrapassar esta fase num meio que
lhe é conhecido e familiar”, salientou Vasco Cordeiro.
O
Presidente do Governo falava na inauguração da Clínica de Radioncologia dos
Açores 'Madalena Paiva', localizada nas imediações do Hospital do Divino
Espírito Santo, um projeto privado considerado de interesse regional e que
contou com um apoio público de cerca de 2,7 milhões de euros, atribuído no
âmbito do sistema de incentivos ao investimento.
Com
esta clínica, será possível evitar que os utentes com necessidade de tratamento
nesta área tenham de se deslocar ao continente.
O
Presidente do Governo afirmou que, depois das várias vicissitudes que este
processo teve ao longo do tempo, a inauguração de hoje constitui a “vitória da
determinação e da persistência, mas também da confiança nesta parceria que se
iniciou, há alguns anos, entre o Governo dos Açores e a empresa Joaquim Chaves
Saúde”.
“É,
naturalmente, esta a hora para enaltecer o trabalho de todos aqueles que, aos
mais diversos níveis, contribuíram para o planeamento e concretização deste
investimento e que, sobretudo, permitiram aquilo que ele vai possibilitar:
servir os Açorianos que são afetados pela doença oncológica”, destacou o
Presidente do Governo.
Na
sua intervenção, Vasco Cordeiro salientou, por outro lado, que este é mais um
exemplo “concreto e palpável” que contribui para que os Açorianos continuem a
ter orgulho no Serviço Regional de Saúde.
“Nós
podemos ter muitos desafios a enfrentar e aspetos a melhorar na Saúde, como
certamente temos, mas se os Açorianos passam a dispor deste serviço é porque
têm uma Autonomia que assume também esta sua função”, afirmou Vasco Cordeiro.
O
Presidente do Governo considerou, ainda, que o facto de a Região ter alcançado
este patamar no domínio do tratamento das doenças oncológicas não pode fazer
ignorar o trabalho que é desenvolvido noutras áreas relacionadas.
Nesse
sentido, Vasco Cordeiro deixou uma palavra de reconhecimento pelo trabalho
desenvolvido pelo Centro de Oncologia dos Açores, apontando o exemplo dos
rastreios que têm sido postos à disposição da população.
O
rastreio ao cancro de mama já abrangeu cerca de 70 mil mulheres e o rastreio ao
cancro do colo do útero já permitiu rastrear cerca de 40 mil mulheres.
Além
disso, o rastreio ao cancro do cólon e reto, depois de uma experiência piloto,
vai ser este ano alargado a toda a Região, adiantou Vasco Cordeiro, anunciando
que, também este ano, será implementado na Região Autónoma dos Açores o
rastreio do cancro oral.
O
Presidente do Governo afirmou ainda que as entidades públicas têm, também, um
papel a desempenhar ao nível da adoção de medidas e de ações públicas
relacionadas com comportamentos de risco nesta área.
“Há
a necessidade imperiosa de agirmos em domínios como o consumo de tabaco e do
álcool, por exemplo, que, na nossa Região, não podem levar as entidades
públicas a, pura e simplesmente, ignorar que depende também da sua ação uma
intervenção que pode minorar os riscos”, frisou Vasco Cordeiro.
Fonte:
GaCS/PC
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