Investigadores: Manfredi Saeli e João Labrincha |
Desenvolvido
para ter as mesmas caraterísticas do cimento comum, mais conhecido como cimento
Portland e cuja produção é altamente poluente, o eco-cimento desenvolvido no
Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC) da UA assume-se como
uma alternativa aos ligantes tradicionais.
“As
nossas argamassas geopoliméricas são uma alternativa válida às produzidas com
cimento Portland pois têm propriedades que as tornam adequadas para diversas
aplicações na construção”, explica Manfredi Saeli, o investigador que a par de
Rui Novais, Paula Seabra e João Labrincha desenvolveu o novo material.
De
fato, acrescenta o investigador, “os materiais produzidos são altamente
sustentáveis, menos poluentes e a sua produção é rentável”. Além disso, “os
geopolímeros endurecem rapidamente, exibem uma matriz estável e uniforme, um
desempenho mecânico adequado e uma excelente resistência a produtos químicos e
ao envelhecimento. Tudo isso torna essa nova classe de cimentos uma alternativa
ao cimento Portland válida e sustentável”.
Desenvolvido
com recurso a desperdícios da indústria de celulose, nomeadamente cinzas e
grãos de cal que de outra forma iriam parar a aterros e que constituem 70 por
cento dos ingredientes do eco-cimento da UA (os outros 30 por cento são metacaulino),
este material inovador pode ser usado no lugar dos cimentos tradicionais e com
níveis de desempenho idênticos.
Investigação
da Universidade de Aveiro
Povoação,
terça-feira, 12 de março de 2019
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