Face ao elevado número de águas-vivas e caravelas-portuguesas
registado este ano em zonas balneares de todo o arquipélago, a Direção Regional
dos Assuntos do Mar e a Autoridade Marítima alertam os banhistas para os
cuidados a ter com estes animais marinhos.
As águas-vivas, também conhecidas por medusas ou alforrecas, e
as caravelas-portuguesas (Physalia physalis), frequentes no mar e em zonas
costeiras dos Açores, incluindo areais, sobretudo durante a Primavera e o
Verão, possuem tentáculos urticantes que em contacto com a pele podem,
potencialmente, causar irritações e ferimentos mais ou menos graves.
Segundo a Direção Regional dos Assuntos do Mar, é importante
evitar, sobretudo, o contacto com as caravelas-portuguesas, organismos
coloniais que vivem à superfície do mar, graças ao seu flutuador,
azul-arroxeado, cheio de gás.
Os tentáculos destes animais, que podem atingir os 30 metros,
possuem estruturas venenosas que largam um potente veneno quando entram em
contacto com outros organismos, sendo que este veneno causa na vítima uma forte
reação cutânea aliada a uma dor intensa.
A água-viva, por outro lado, em contacto com a pele, provoca uma
sensação de choque, sendo que os sintomas posteriores são dor forte e sensação
de queimadura (calor/ardor), irritação, vermelhidão, inchaço e comichão.
Caso tenha contacto com águas-vivas ou caravelas, não esfregue
ou coce a zona atingida para não espalhar o veneno, não use água doce, álcool
ou amónia, nem coloque ligaduras, e lave cuidadosamente a zona afetada com água
do mar, retire os tentáculos da caravela, utilizando, se possível, luvas, uma
pinça de plástico e água do mar e procure assistência médica o mais rapidamente
possível.
Algumas pessoas são especialmente sensíveis ao veneno das
águas-vivas e podem ter reações alérgicas graves, nomeadamente falta de ar,
palpitações, cãibras, náuseas, vómitos, febre, desmaios, convulsões, arritmias
cardíacas e problemas respiratórios, devendo, por isso, ser encaminhadas de
imediato para o serviço de urgência.
Nas praias vigiadas os nadadores salvadores afixam bandeiras
quando existem avistamentos e/ou queixas de picadas por águas-vivas, sendo que
quando se registam caravelas portuguesas o banho de mar é desaconselhado.
Por iniciativa do Governo dos Açores, em parceria com o Comando
da Zona Marítima dos Açores e o Departamento Marítimo dos Açores, foi
realizado, em 2015, o concurso “Alerta Águas Vivas” dirigido a alunos das
escolas da Região que permitiu a criação desta sinalética para alertar os
banhistas para a existência de águas-vivas nas zonas balneares.
Para mais informações, consulte este endereço electrónico
http://www.azores.gov.pt/Gra/SRMCT-MAR/conteudos/livres/Alerta_Aguas_Vivas.htm
http://www.azores.gov.pt/Gra/SRMCT-MAR/conteudos/livres/Alerta_Aguas_Vivas.htm
Horta, 22 de Junho de 2017
GaCS/GM
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