“A "Costa"
preenche o imaginário de várias gerações de povoacenses, como o lugar ideal de
um estilo de vida perfeito. Em pequenas casas sobranceiras ao vaivém das marés,
no meio de corredouras alcandoradas em íngremes encostas, a vida corria e
continua a correr sem preocupações nem atritos, ao ritmo dos trabalhos e
folguedos que tinham início com os primeiros anúncios do bom tempo de verão. Na
verdade, a “Costa” atinge o seu pleno nesta época, em que famílias inteiras
assentam arraiais nas pequenas habitações, implantadas em socalcos debruados
por canaviais, uma forma natural de segurar a terra e abrigar as vinhas e
outras novidades, próprias da época estival, dos ventos e das agressões do
rocio do mar.
Mas, os trabalhos na
“Costa” começam cedo, com a reparação dos caminhos e a remoção das derrocadas e
todo o tipo de estragos que os rigores do inverno provocam ano após ano.”
Estava eu a reportar
imagens da Vila quando passa por mim o amigo Jorge Clara, que ia em direção à
“Costa” e logo perguntou-me se não queria ir com ele. De imediato aceitei, até
porque não ia a algum tempo lá a dentro e porque também estava munido da minha
máquina fotográfica.
O que deveria ter sido um
passeio de algumas horas, passou a ser de um dia e uma noite, pois acabei por pernoitar na
“Costa” do António Machim, onde o acolhimento típico dos proprietários é de
festa, alegria e muita animação.
Para quem não conhece este
sítio mítico, aqui vos deixo o reporte da minha visita à “Costa” da
Povoação.
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