As Comemorações do “Dia da Viola da Terra”, promovidas pela Associação de Juventude Viola da Terra, na Ilha de São Miguel, ultrapassaram, mais uma vez, todas as previsões de participação de público.
O concerto “Duos de Viola”, uma aposta inédita da Associação, que decorreu a 2 de Outubro, em Coprodução com o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, teve lotação esgotada. O DUO TOADAS, de São Miguel, abriu o espectáculo, como anfitrião, apresentando algumas modas do repertório instrumental da Viola da Terra bem como alguns originais do seu primeiro álbum, intitulado “Toadas – da lobeira ao agrião”.
Da Terceira veio o DUO CORDIBUS, com a Viola de 15 cordas, que privilegiou um repertório de Carlos Paredes, adaptado à nossa Viola da Terra, demonstrando a grande versatilidade do instrumento. Apresentaram, ainda, “Balalaikas” de José Rebola, e uma “Chamarrita” de São Miguel e Pico, que faz parte do seu álbum “Raízes”.
O PROJETO ENGENGROALDENGA, de Santa Maria, fechou o evento, com 4 originais seus, com a Viola da Terra num ambiente sonoro diferente, com pedais, efeitos sonoros e, ainda, com projecção vídeo, com enorme dinamismo e criatividade musical, com apenas duas Violas em palco. As 3 apresentações, em complementaridade, demonstraram a vitalidade da nossa Viola que, respeitando a essência do passado, continua a ter algo de novo a demonstrar no presente.
Rafael Carvalho, responsável pela Associação de Juventude Viola da Terra realçou a importância destas comemorações, da valorização deste instrumento tão nosso, que é tocado ao longo de todo o ano, nos Açores e nas nossas Comunidades Açorianas, e que merece este dia em sua homenagem. Salientou, ainda, a grande importância da organização de eventos com credibilidade e em locais que dignifiquem a Viola da Terra, sendo esta, neste dia, a foco principal de todas as actividades, nunca podendo ser algo acessório.
Por último, referiu, mais uma vez, a importância da oficialização das comemorações do Dia da Viola da Terra pelo Governo Regional dos Açores, mas alertando que, desde 2019 as mesmas têm sido organizadas por Associações e músicos, em várias Ilhas, e assim irá continuar a acontecer.
A Viola esteve, ainda, na Escola Roberto Ivens e na EB/JI da Ribeira Quente, a 29 e 30 de Setembro, em acções de sensibilização sobre a Viola da Terra, dinamizadas pelo Professor Rafael Carvalho e em colaboração com os professores dessas escolas, das turmas envolvidas. Esteve na Livraria Letras Lavadas, com um concerto a 1 de Outubro, a comemorar, também, o Dia da Música, com o Trio Origens, em mais uma colaboração entre a Associação e a Letras Lavadas, e que culminou com a apresentação do livro “Música Maestro” de Terry Costa, ilustrado por Sara Baptista e Ivo Baptista Aka 47. A 4 de Outubro, no Núcleo de Arte Sacra, do Museu Carlos Machado, a Programação de São Miguel encerrou com o concerto Solo9Viola, por Evandro Meneses, promovido pela Associação MiratecArts.
Em 2022 decorreu programação do Dia da Viola da Terra no Pico, promovida pela Associação MiratecArts. Houve, ainda, programação na Ilha Terceira, promovida pela Sons do Terreiro – Associação Cultural, e a programação já referida em São Miguel.
Após 2 anos de pandemia, que obrigaram a uma adaptação de programação, quase sempre “online”, o ano 2022 é, certamente, de afirmação destas comemorações e da importância que as pessoas, por amor e respeito à Viola, já assumiram como oficial.
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