João de Oliveira Pedro, natural da Ribeira Quente, faleceu na
Freguesia de Sagrada Família, a 24 de outubro de 1971, regressando depois seus
restos mortais à sua terra natal, Ribeira Quente, praticamente 7 meses depois,
mais concretamente a 7 de maio de 1972, onde foi a sepultar.
Foi alistado em Angola,
aos 21 anos de idade, mais concretamente em 13 de abril de 1970, aquando
do ingresso no serviço militar obrigatório, onde foi chamado para a Guerra do
Ultramar, Guerra Colonial Portuguesa (1961-1974), onde foi recrutado na
Freguesia da Sagrada Família.
Uma grande consternação de dor e uma onda de tristeza pairou
junto da população local, quando se soube da triste notícia da morte daquele
que foi o grande herói da Ribeira Quente, que tombou em guerras de além mar,
Era eu uma criança de 10 anos, aproximadamente, quando se ouviu
falar na freguesia que em Angola, tinha morrido um soldado da comunidade, de
nome João Pedro, é o que me lembro da altura e da professora ter falado na
aula. Regressando a casa, depois da escola, contei o sucedido à minha mãe a
triste ocorrência, mas ela já sabia do acontecimento.
Contudo, quer queiram, quer não, hoje dia 22 de setembro, por
coincidência ou não, culmina com o centenário da inauguração da Igreja em Honra
ao Apóstolo Paulo, da Ribeira Quente, inaugurada a 22 de setembro de 1917.
Além disso, também, hoje dia 22 do mesmo mês, afixou-se uma
placa com a foto do mesmo, no cemitério da localidade. A colocação agora
afixada junto á outra placa com o nome de João Oliveira Pedro, não passa de uma
mera homenagem simbólica e da mais elementar justiça, sendo um orgulho, para
nós Ribeiraquentenses, sermos também, os herdeiros da memória de todos os
bravos combatentes que caíram na defesa da nossa Pátria, em especial o nosso
“irmão” João de Oliveira Pedro.
Contudo e da minha parte, bem como da família em geral,
especialmente suas irmãs Filomena e Madalena, asseguro-vos que a memória dos nossos
heróis nunca será esquecida, e tudo faremos para que sejamos merecedores de
pertencer ao mesmo Exército daqueles que, pelos feitos valorosos, se libertaram
da lei da morte, pois os seus nomes farão sempre parte da história do nosso
Portugal, essencialmente da nossa querida Ribeira Quente.
Bem haja a todos!
Fotos de Mário Santos.
Texto de João Costa Bril.
Povoação, sexta-feira, 22 de setembro de 2017.
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