O ponto mais alto
de Portugal recebe saxofonista Luis Senra
Montanha
Pico Festival apoia artistas a desenvolverem projetos na ilha, até ao ponto
mais alto de Portugal. Guilherme Rodrigues já levou seu violoncelo até à
cratera do Pico e apresentou uma peça original. Agora é a vez do saxofonista
Luis Senra, de ter a experiência de improvisar uma peça, a mais de dois mil
metros de altura.
O
concerto improvisado convida audiências a aventurarem-se e subirem a montanha
do Pico, no sábado 28 de janeiro. A empresa turística Épico, em parceria com a
associação MiratecArts, lidera esta aventura para quem se deseja inscrever.
Contacte as entidades via email info@epico.pt ou telefone 963 639 996 para mais
informações. Inscrições estão abertas até ao limite de participantes que vão
ser acompanhados por guias profissionais.
"Eis
que chegas ao ponto mais alto de Portugal, ao topo de sua Majestade, a
Montanha. O silêncio absoluto. O nada, o zero, um vácuo sonoro. De repente, a
tua respiração, o teu batimento cardíaco, te parecem ser ensurdecedores. A
sensação que te chega aos ouvidos, e ao resto do corpo, é incrível, um momento raro e único, e o
sentimento é de paz e tranquilidade," expressa o jovem músico,
questionando "Como se pode representar musicalmente este silêncio? Como se
pode, com som, traduzir o silêncio absoluto e o sentimento de quem o
sente?" desafiando, assim,
residentes e visitantes a acompanhá-lo pela montanha.
Luis
Senra iniciou sua educação musical ainda em criança. Passando por clarinete e
flauta transversal, só aos 17 anos de idade transitou para o saxofone. Com 18
anos, entrou no Conservatório de Ponta Delgada, mas foi no festival
Jazzores’09, que descobre o seu fascínio pela música experimental e
improvisação livre, já tendo participado em vários eventos de relevância como o
Tremor PDL e uma digressão pelas cavidades lávicas visitáveis dos Açores.
Sobre
a digressão “Entre Grutas e Algares" o artista diz que foi a aventura
musical que o mais realizou enquanto artista e enquanto pessoa. "Percorrer
cavidades lávicas visitáveis dos Açores, numa performance totalmente
improvisada, a vários metros de profundidade, que unificou o artista à
natureza, as ilhas e as suas gentes, foi algo verdadeiramente incrível. É
deveras inacreditável a qualidade acústica das nossas grutas, que faz o som
ganhar vida e que, juntando os corações do público diversificado das diferentes
ilhas, materializou sonhos, sentires e histórias." Agora, aguardamos até
ao ponto mais alto de Portugal.
A
terceira edição do Montanha continua até ao final do mês. Para toda a
programação visite www.picofestival.com
Povoação, domingo, 15 de Janeiro de 2017.
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