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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

GALANTEIOS CARNAVALESCOS

Gira, gira sem cessar a roda mágica do tempo.

Ontem festejamos o Natal o aniversário de Jesus Menino.

Hoje amanhã e depois festejamos o Carnaval!

É usual dizermos… “A vida são dois dias e o carnaval são três”.

É o carnaval uma festa popular, profundamente enraizada nos costumes ocidentais e não só… subsistem dúvidas quanto à sua origem, há quem diga ser de origem pagã.

Alguns historiadores põem a hipótese de ter surgido na Grécia e em Roma no século V antes de Cristo e que era festejado no início da Primavera.

O que é certo é, que ele veio e entre nós ficou para a alegria dos foliões e dos que intencionalmente ou não cometem loucuras que é de bradar aos céus. E lá se ouve a máxima popular: No Carnaval ninguém leva a mal!

O que é certo é, que por uns dias deixamos de usar a máscara convencional por que não dizer a hipocrisia de cada dia. Por uns dias saímos do quotidiano “embriagamo-nos com sambas, marchas e bailinhos” sacudindo o corpo desengonçado em cocktail de cofeti e serpentina. Pintados, nus ou carregando trapos, dando largas à fictícia euforia, sentindo, por vezes, ganas de chorar… Sonham multidões, na rua ou nos salões rebolam pares ao som de marchinhas e sambas; é uma mistura de corpos suados; é carnaval anda a loucura à solta num mundo que é manicómio…

Há dezenas de anos atrás em Vila do Porto, Santa Maria, em época carnavalesca era usual pessoas amigas e não só festejarem dançando e convivendo em harmonia, com uns comes e bebes à mistura. Encarregavam-se as senhoras da doçaria, que confecionavam levando-as para o local do encontro; búzios, malassadas, bolos vários, coscorões, etc…

Os homens eram incumbidos de música adequada à época, das bebidas e petiscos condimentados.

Os bailes realizavam-se em associações desportivas e em casas particulares, nestas últimas com famílias e amigos eram danças despretensiosas. Por vezes o diabo tecia e algo fora do normal acontecia sempre que entrava algum mais afoito em casa alheia sem ser convidado.

Um destes atrevidotes ao dançar com a moça fina de sociedade, sendo ele um Dom Juan inflamado declarou-se… Querida antes de te conhecer o mundo parecia-me um deserto!

Surpreendida retorquiu a menina – Por isso a dançares pareces um camelo… “Mas que balde de água fria apanhou o Dom Juan”, que nunca mais piou naquele serão, o galo não cantou.

Em serão idêntico esta de moço despeitado a moça que o rejeitara – Menina; eu amo-te. Adoro-te e far-te-ei feliz a pedir esmola à porta da matriz.

Reação da moça – um pontapé certeiro no tornozelo do… aprendeu o apaixonado novo passo de dança – o pé coxinho.

Recordo com ternura e saudade Mestre Carlos Eletricista um brincalhão sempre desperto à paródia.

Parece-me vê-lo instalado em carrinho de jardineiro de tronco nu sem calças e com uma grande fralda de pano a tapar a horta, pés descalços segurando uma garrafa de litro com vinho e ia chupando um grande bico neste original biberão.

Um inseparável amigo levava-o no carrinho para o Clube Asas do Atlântico onde se realizava um concurso de fantasias infantil. Não foi permitida a entrada deste invulgar bebé enrugado de bigode, mas obteve um grande sucesso ao desfilar à volta do Clube.

Na freguesia de São Pedro em casa solarenga esta aconteceu. O proprietário Sr. da alta sociedade convidou o comandante e alguns oficiais da corveta de guerra ancorada na proximidade do velho cais. Há muito que estes oficiais andavam em alto mar, sentiam-se carentes; ao dançar jovem oficial com bela ingénua moça bem aconchegado a ela seu ego masculino reagia a que a moça sentindo o roça, roça aquela pressão interrogou: Que tem o Sr. em si que me incomoda tanto?

Retorquindo o oficial – Ó menina é o remo que uso sempre que há naufrágio…

Pouco depois dançou a moça com o velho comandante, estranhou nada sentir e admirada interrogou: O Sr. não usa remo para os naufrágios como o oficial que dançou comigo?

Entendeu o comandante a pergunta do remo, respondendo: - Ó menina na minha idade uso é o motor de popa.

Fico por aqui, festejem o Carnaval em saudável harmonia.

Benjamim Carmo

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