O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que, segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), desde o dia 19 de abril tem vindo a ser registada alguma sismicidade numa região epicentral situada entre 37 e 46 quilómetros a oeste/noroeste da ilha do Faial.
Na sequência desta atividade foram sentidos seis sismos na ilha do Faial, sendo os de maior magnitude sentidos também nas ilhas do Pico e de São Jorge.
O evento de maior energia ocorreu no dia 24 de abril às 22:14 horas e teve magnitude 4,7.
Desde o dia 1 de maio que a atividade sísmica se apresenta persistente com alguns breves episódios de aumento da frequência horária de eventos, não mostrando alterações significativas.
Hoje, até às 19:00 horas, foram registados 61 eventos, ascendendo o número de eventos registados desde o início desta atividade sísmica a 421.
Sob o ponto de vista geológico, a região assinalada situa-se próximo do extremo noroeste da fronteira entre a placa Eurasiática e a placa Africana (Núbia), na zona de transição para a região dominada pela fronteira de placas definida pela Crista Média Atlântica.
O CIVISA e o SRPCBA continuam a acompanhar o evoluir da situação, emitindo novos comunicados caso necessário.
O SRPCBA recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, em particular nas zonas mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
Manter a calma e contar com a existência de possíveis réplicas.
Não acender fósforos nem isqueiros e cortar imediatamente o gás, a eletricidade e a água.
Observar se a sua casa sofreu danos graves e sair imediatamente se achar que a casa não oferece segurança.
Ter cuidado com vidros partidos, cabos de eletricidade e objetos metálicos que estejam em contacto com estes.
Em locais públicos, não se precipitar para as saídas e não utilizar os elevadores.
Evitar ferimentos, protegendo-se com roupa adequada e de acordo com a estação do ano.
Observar se há pequenos incêndios e, se possível, extingui-los. Informar os bombeiros.
Limpar urgentemente o derrame de tintas, pesticidas e outros materiais perigosos e inflamáveis.
Afastar-se das praias e zonas ribeirinhas. Depois de um sismo podem ocorrer tsunamis (onda gigante).
Soltar os animais, eles tratam de si próprios.
Se estiver na rua, não vá para casa, dirija-se a um local amplo, protegendo-se de estruturas que o possam atingir ao cair.
Não dificultar a circulação das equipas de socorro e seguir as indicações dos agentes de Proteção Civil no terreno.
Estar atento às informações e indicações da Proteção Civil e forças de segurança.
Texto: GaCS/SRPCBA
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