O Governo dos Açores lamenta a partida de Maria Teodora de Borba, docente e diretora do Museu da Graciosa.
Maria Teodora nasceu a 25 de abril de 1931 no Norte Pequeno, ilha de São Jorge e onde concluiu o ensino primário. Aos 18 anos, faz o exame de regente na ilha Terceira e ingressou no Liceu Nacional de Angra do Heroísmo. No 4º ano de liceu, regressa a São Jorge para recuperar de um problema de saúde e retoma os estudos no Colégio de Santo António, no Faial, onde completa o 4º e 5º anos.
Esta formação cívica e religiosa pautou os seus quase 90 anos de vida.
Com o intuito de ser enfermeira, regressa à Terceira para o exame de admissão ao ministério. A vida encaminhou-a para o ensino e terminou a formação em 1957, ano em que ficou colocada na Escola Masculina Sousa Júnior, na Praia da Vitória.
Em 1964 pede transferência para a Graciosa, ilha de onde o marido, Celestino Silva, era oriundo. Além de docente de história, auxiliou muitos graciosenses a concluírem os estudos, através de explicações que dava em casa.
Em 1980, é convidada para dirigir o Museu da Graciosa onde permaneceu até ao ano 2000. Foi, aliás, sob a sua direção que o granel foi comprado, renovado e recolhido do acervo da Casa Etnográfica, que abriu a 6 de dezembro de 1983.
De todas as missões de cidadania ativa destaca-se também o cargo de Presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz por três mandatos. Foi ainda uma das maiores impulsionadoras da Associação de Artesãos da Graciosa.
Em 2018 foi agraciada pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento.
Em agosto de 2019, Ana Isabel Serpa e Jorge António Cunha lançaram um livro sobre a professora Teodora, com o título “Da janela, o Perfume das Rosas”. A publicação resultou de uma pesquisa em documentação existente nos organismos públicos a que esteve associada, assim como no seu arquivo pessoal, no qual os autores puderam ler vasta correspondência, boletins e registos do seu empenho cívico.
Governo dos Açores
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