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terça-feira, 31 de outubro de 2017

29 MORTOS NA CATÁSTROFE QUE SE ABATEU NA RIBEIRA QUENTE DECORRIA O ANO DE 1997

A tragédia que atingiu na madrugada de 31 de outubro de 1997, entre as 03h00 e as 05h00, a freguesia da Ribeira Quente provocou 29 mortos, 19 casas destruídas, e algumas em vias de destruição.

Foi uma das maiores tragédias que se registou no arquipélago dos Açores durante o século XX.

Foi mais um capítulo, as imagens que ficarão na memória da história Açoriana.

Foram famílias inteiras que morreram num ápice, algumas ainda a dormir, sob o peso de toneladas de lama, terra, troncos de árvores e enormes pedras.

Foi dramático o ambiente de destruição e morte que se viveu na freguesia da Ribeira Quente. Pessoas a correrem debaixo de chuva de um lado para o outro, mulheres a chorar, homens a esconderem as lágrimas. Algumas pessoas em estado de choque não sabiam o que fazer. Viveram uma situação de autêntico pânico.

Um silêncio de morte varreu a Ribeira Quente. Quase todos os habitantes da freguesia estavam de lágrimas nos olhos. Outros não esconderam a consternação. Chovia e o vento soprava como se tivesse a espalhar a morte e a semear a dor.

Os residentes, às primeiras horas da madrugada, viveram cada qual a sua tragédia, alguns mesmo sobrevivendo por milagre à tragédia e outros por mais que tentassem não conseguiram fugir à morte.

A verdadeira tragédia viveu-se na Canada da Igreja Velha e dos Tibúrcios, onde morreram os Ribeiraquentenses:

João Vieira de Melo Peixoto – 67 anos

Idalina Cardoso de Melo – 63 anos

Hélder Garcia Melo Peixoto – 22 anos

Maria de Jesus Melo Linhares Cardoso – 31 anos

Sofia Linhares Cardoso – 6 anos

Alexandra Linhares Cardoso – 3 semanas

Aida Maria Xavier Rosonina – 26 anos

Simone Xavier Rosonina – 2 anos

Ângelo Couto Linhares – 64 anos

César Furtado Carvalho -  76 anos

Maria Glória Pimentel Rego – 71 anos

Ilda de Jesus Gonçalo – 75 anos

Tatiana Barbosa Vieira – 11 anos

Manuel Rosonina – 59 anos

Zulmira Oliveira Silva – 59 anos

José Tavares Ferramenta – 64 anos

Maria Gilda Costa Vieira – 62 anos

Fernando Luís Costa Tavares – 24 anos

Maria Helena de Melo Peixoto – 39 anos

Milton César Peixoto Costa – 14 anos

Pedro Miguel Peixoto Costa – 13 anos

Diogo Alexandre Peixoto Costa – 8 anos

Paulo José Silva Costa – 33 anos

Maria Elvira Correia Pimentel Pacheco – 36 anos

Carla Patrícia Correia Vieira – 18 anos

Magno Filipe Correia Vieira – 16 anos

Hugo André Correia Vieira – 10 anos

Leandra Sofia Correia Vieira – 7 anos

António leite Medeiros – 50 anos

Além da Canada da Igreja velha e dos Tibúrcios, 10 casas, logo à entrada da freguesia, ficaram com lama quase pelo telhado de tão baixas que eram. Toneladas de lama, com cerca de 2 metros de altura, passaram em frente das habitações e por detrás fazendo da estrada um leito e gerando o pânico. Os que puderam fugir, escaparam.

Duas dezenas de desalojados passaram várias noites na escola da freguesia até à noite de terça-feira, dia 4 de novembro de 1997.

130 desalojados foram acolhidos provisoriamente em casas de familiares e amigos.

Muitas destas pessoas passaram as noites em camas improvisadas e cedidas pelos militares.

Uma tragédia que jamais será esquecida, sendo importante relembrar os nossos irmãos que partiram sem aviso prévio e sem que nada o previsse, muitos deles em tenra idade e com muito ainda para viver.

Que as suas almas descasem em paz!











Fonte: Arquivo do Jornal Seara Verde

Povoação, terça-feira, 31 de outubro de 2017.

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