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terça-feira, 3 de outubro de 2017

SOFIA RIBEIRO DEFENDE AUMENTO DA QUOTA DO ATUM RABILHO

A Eurodeputada Sofia Ribeiro defendeu ontem, em sessão plenária em Estrasburgo, que a “sustentabilidade dos recursos biológicos marinhos não pode ser cega, ou seja, deverá ter igualmente em conta a sustentabilidade económica e social a longo prazo” tendo lembrado a situação dos pescadores e das suas famílias “que atravessam uma situação de crise, de falta de rendimento, mesmo trabalhando mais e arriscando muito as suas vidas”.

Intervindo no debate sobre as recomendações do ICCAT (Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico), a Eurodeputada centrou a sua intervenção no binómio sustentabilidade dos recursos e sustentabilidade dos pescadores, dando como exemplo os pescadores de zonas costeiras e das “Regiões Ultraperiféricas, como é o caso dos Açores, que sofrem cada vez mais com a escassez de recursos biológicos marinhos, pois ano após ano, quer os pescadores, quer a nossa indústria atuneira, veem cada vez menos recursos, menos atum, pondo em causa a sustentabilidade desta importante actividade na minha Região, os Açores, ameaçando desta forma centenas de postos de trabalho directos e indirectos, sejam por razões climáticas que levaram à alteração das rotas de migração dos tunídeos, sejam por razões humanas, com técnicas agressivas de pesca e de cerco, por parte de outros que reduzem em grande número os indivíduos que conseguem fazer esta migração”.

A Eurodeputada Sofia Ribeiro deixou ainda dois apelos ao Comissário dos Assuntos Marítimos e das Pescas que assistia à sua intervenção, nomeadamente a necessidade de uma “igualdade de tratamento entre as frotas europeias e de países terceiros. Não podemos continuar a impor aos nossos pescadores regras mais restritivas e limitadoras, do que a outras frotas, que muitas vezes não respeitam os princípios mais básicos dos padrões europeus” bem como a “necessidade de um compromisso para com as frotas artesanais, especialmente as das Regiões ultraperiféricas, como é o caso dos Açores, pois temos sido um exemplo a nível europeu e mundial da sustentabilidade e seletividade da pesca de atum, através da técnica de salto-e-vara”.

A finalizar a sua intervenção, Sofia Ribeiro finalizou solicitando ao Comissário que “tivesse em consideração a possibilidade de um aumento das quotas de pesca do Atum Rabilho, cujo stock se encontra em franca expansão e que de facto seria muito útil para podermos compensar os pescadores europeus do corte nas quotas de pesca do espadarte, que, como é comummente reconhecido, sofreu uma forte deterioração dos seus stocks”.

Vídeo da intervenção aqui: 

Povoação, terça-feira, 3 de outubro de 2017.


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