Sr. José Ferreira |
Caros
amigos,
Esta
vida muitas vezes assemelha-se com a música. Uns dias nos presenteia com
alegres melodias que nos convidam a sonhar e a abrir sorrisos, mas de quando em
vez a vida pode ser também o tormento forte e feroz que nos leva para uma
viagem salgada nos nossos olhos.
Esta
vida é mesmo assim, pautada com momentos que se caracterizam com porquês sem
resposta…
Sr. José Ferreira |
Todos
nós passamos por tempos de luto e de tristeza. E ficar triste e chorar não é
algo mau, não é pecado. Jesus também chorou quando soube que um amigo seu tinha
morrido.
Mas
é importante não deixar que a tristeza e o luto se apoderem da nossa vida. Se
nós permitirmos, Deus enxugará as nossas lágrimas, consolará o nosso coração e
colocará um sorriso nos nossos lábios, mas não é fácil…são dores fortes de uma
despedida eterna, uma viagem sem bilhete de regresso.
Sr. José Ferreira e esposa |
Além
disso, todos ou quase todos nós sabemos que um falecimento é um acontecimento
muito triste, que nos obriga a refletir sobre o pouco tempo de nossas vidas.
Ninguém consegue fugir da morte. Mas a morte não precisa ser o fim.
No
entanto, eu como dirigente desde janeiro findo, da Sociedade Harmónica
Furnense, não tive a oportunidade de conviver com ele, na referida Instituição,
mas conhecendo-o do dia a dia, posso dizer que foi uma pessoa “sábia”, um verdadeiro
exemplo de pessoa humilde, porque são valores éticos de um verdadeiro cristão,
e ser humilde é saber viver de acordo com os maiores princípios do humanismo.
Eis o testemunho de
um antigo dirigente:
Falar
do amigo José Ferreira, mais conhecido na gíria popular por José da “Paixão”, é
falar de um “símbolo” que representou como músico e bem a Sociedade Harmónica
Furnense, que há muito tempo já não frequentava a sede da instituição por
motivo de doença prolongada.
Enquanto
músico, foi sempre um privilégio e mais ainda quando temos ao nosso lado
pessoas tão maravilhosas como foi o José da “Paixão”, um músico imprescindível,
um verdadeiro homem, um verdadeiro amigo, e os verdadeiros amigos são aqueles
que aparecem nas horas boas e menos boas e também que nos ensinam muito, e
fazem-nos enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido,
compartilham as suas experiências conosco, e neste caso concreto a música.
Foto: Município Povoação (atual direção) |
Esse
grande músico que agora nos deixa, foi e é um exemplo a seguir, um músico
exemplar, foi muito assíduio, e ainda posso adiantar que era sempre dos
primeiros ou mesmo o primeiro a chegar aos ensaios, e é assim esta vida, falar
do José da “Paixão”, é falar de uma pessoa incrível e maravilhosa.
Eterno
abraço do teu amigo José Manuel Sousa Carreiro
As netas do Sr. José Ferreira |
Dizer
adeus não é fácil, mas chega um momento em que é preciso. É preciso dizer
adeus, custe o que custar e compreender os propósitos de Deus muitas vezes pode
ser uma tarefa bem difícil, principalmente quando a tristeza bate na nossa
porta porque acabamos de perder um ente querido. Lágrimas passam pelos nossos
olhos constantemente e o vazio da saudade aumenta o sofrimento severamente
doloroso, mas tem que ser, é preciso ter coragem e convicção, porque dizer
adeus é deixar essencialmente as boas recordações, e todos os fantásticos
momentos que juntos viveram e partilharam, enquanto músicos, é uma notícia mais
do que triste.
Ao piano o neto do Sr. José Ferreira |
O
Vice-Presidente da Direção,
João
Costa
“A Harmónica Furnense perde uma pessoa muito
querida, o Sr.º José Ferreira mais conhecido por ´´José da Paixão´´ desde criança
esteve sempre ligado à banda. Como ele disse -´´ a doença é que me separou da
música´´ e deixou a seguinte mensagem aos músicos da Harmónica Furnense: -´´
ESTUDEM MÚSICA PORQUE QUEM NÃO ESTUDA NÃO TOCA”
Povoação,
sexta-feira, 21 de Abril de 2017.
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