É realizar um pouco
É exibir-me na feira das
Vaidades
É como olhar-me ao espelho
Só vejo a minha imagem
Isto é que o que sou, ilusão de?
Vale nada!
Toda a gente se espelha!
Com mais ou menos tinta
Tudo assim se assemelha
No espelho vemo-nos a nós
Leve bafio ofusca
Nossa imagem
Na escrita
No tinteiro fica
A palavra não dita
Assim se perde a
Voz
Serei pintura abstrata
Que a alma mata?
Ao olhar-mos a tela
Natureza
Que Deus criou!
Todos a usam o olham
O coração
A guardou
Escrita! Espelho!
Feira de vaidades
Rabiscos, esgares, sorrisos!
Sem rugas disfarçadas
Sonho utopia
No nosso dia a dia
É viver em fictício
Paraíso
Quando tudo é apenas
Miragem fantasia
Rabisco aqui, retoco além
Sou palhaço de fértil imaginação
Fica grotesca imagem
Ilusão
Sem rumo certo sigo viagem
Sem regresso no tempo
Quem é a voragem
De uma anónima (Rosa, Terra Chã)
Cito uma quadra
Muito tolo é quem julga
Ser alguém por subir alto
Uma pulga é sempre pulga
Por maior que seja o salto
Benjamim
Carmo
Povoação,
quinta-feira, 6 de abril de 2017.
Sem comentários:
Enviar um comentário