Era um dos grandes últimos humoristas que
fez história nos palcos e no pequeno ecrã durante a segunda metade do século
XX. Um verdadeiro resistente manteve-se no ativo até há um ano. Camilo de
Oliveira morreu no sábado à noite, aos 91 anos, vítima de cancro.

Com
sorriso e gargalhada garantidos, as peças que protagonizou numa vida dedicada à
comédia celebrizaram-no por exemplo como o Padre Pimentinha. Mas muito mais
personagens passaram pelo seu currículo que com o correr dos anos se
confundiram com o próprio ator. Camilo era Camilo vestisse a pele de quem
vestisse. Destaque, no entanto, para a dupla "Os Agostinhos", com
Ivone Silva, os dois bêbados que tinham sempre pronta a desculpa para beber
mais uma pinga: "Isto é que vai uma crise".
Na
Revista e no Parque Mayer fez cerca de 50 peças e contracenou com todos os
grandes de épocas passadas e presentes. Beatriz Costa, Raul Solnado, Vasco
Santana, Ribeirinho, Ivone Silva, Vítor de Sousa ou Herman José.

Entre
os seus sucessos, o ator realçava a comédia em dois atos "Um
coronel", de Jean-Jacques Bricaire e Maurice Lasaygues, levada à cena no
Teatro Variedades, em Lisboa, no qual contracenou com Alina Vaz, Francico
Nicholson, António Feio e Paula Marcelo. "Abaixo as Saias" (1958),
"Ó Pá, Não Fiques Calado" (1963), "Alto Lá Com Elas"
(1970), "As Coisas Que Um Padre Faz" (1976), "Aldeia da Roupa
Suja" (1978), "Há Mas São Verdes" (1983), "Isto É Que Vai
Uma Crise" (1992), "Camilo & Filhas" (1996) e "2008 - O
Meu Rapaz é Rapariga" (2008) foram alguns dos seus êxitos.
Por:
Alexandra Carita
Fonte:
Jornal Expresso
Fotos:
Google imagens
Um Olhar
Povoacense endereça sentidas condolências à família enlutada
e à outra sua grande família de atores portugueses.
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