Mais de 800 cidadãos apoiam a candidatura açoriana à Capital Europeia da Cultura.
Nos Açores, a sociedade civil mobilizou-se para criar o Movimento Cívico por uma Capital Europeia da Cultura nos Açores. O Movimento, que já tem mais de um ano, e é anterior à própria candidatura, envolveu cerca de 800 pessoas desde a sua criação e foi determinante para o arranque da candidatura. Dele fazem parte cidadãos das várias ilhas e dos diferentes setores: da cultura à educação, do turismo à economia, do ambiente às questões sociais.
Ponta Delgada - Açores é, assim, a única cidade portuguesa a contar com um apoio cívico organizado nesta corrida.
A cerca de um mês da data de apresentação do projeto, o Movimento Cívico vem reforçar o seu apoio à candidatura coordenada por António Pedro Lopes e promovida pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, destacando o seu potencial de união e transformação, não apenas de uma cidade, mas de todo o arquipélago.
O Movimento assinala o trabalho produzido no último ano e o extenso diálogo com cidadãos e profissionais da cultura, da política, da educação, da economia, do turismo e da ciência. O mapeamento de mais de 1800 recursos culturais e patrimoniais da região e o diagnóstico das potencialidades promoveram um processo participado na construção do projeto entregue em formato bidbook em Novembro passado e que será apresentado perante o júri internacional no dia 7 de março.
Esta é uma candidatura que visa o prestígio e visibilidade internacional para o destino Açores e cidade de Ponta Delgada, a que se alia, caso seja selecionada, um investimento de 25 milhões de euros do Ministério da Cultura, canais de financiamento europeu, renovação urbanística, desenvolvimento social e cívico entre todos os outros benefícios já amplamente conhecidos. De entre os objetivos concretos do projeto a concurso constam a formação e profissionalização do setor cultural da região e o fomento do empreendedorismo criativo.
No entender do Movimento Cívico, a região está perante uma oportunidade única para o futuro dos Açores, numa década que é, por si própria, um momento de transformação. Nesse sentido, considera-se que a candidatura pode ser a ignição para um processo de reposicionamento estratégico dos Açores à escala global, como região que lidera os temas do desenvolvimento sustentável, das ecologias, da inclusão e da democracia.
Também a criação do Plano Estratégico para a Cultura de Ponta Delgada para esta década, alinhado com os desígnios regionais e que procura responder aos principais desafios nacionais e europeus é encarado pelo Movimento como um documento essencial e de referência na priorização da cultura nas políticas do concelho e regionais.
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