Foto de: Um Olhar Povoacense |
A lavagem da roupa era realizada à mão, sendo tarefa praticada exclusivamente no feminino. O processo podia desenvolver-se em tanque público ou caseiro e, em alternativa, nas nossas ribeiras.
O tanque de lavar roupa era um equipamento de grande utilidade na vida doméstica das nossas gentes, mas inacessível a muitas famílias. Casas havia que não os possuíam, e nem todas as localidades disponibilizavam tanques coletivos de domínio público.
Na ausência de tanque, as pessoas recorriam à água corrente das ribeiras. Era bastante intensa a procura dos lavadouros naturais da ribeira para a lavagem da roupa, que as mulheres transportavam em cestos à cabeça ou debaixo dos braços, por atalhos. Quase todos os dias lá se podiam encontrar grupos de mulheres das localidades vizinhas nos trabalhos de lavar e quarar a roupa.
Nos finais dos anos de 1960 a procura pela ribeira decresceu ao ritmo do crescimento da construção de tanques domésticos privados. No início da década de 1970, com a inovação tecnológica, começaram a aparecer as primeiras máquinas de lavar, remetendo a pouco e pouco para o baú de memórias os processos e as formas ancestrais de lavar a roupa.
Fonte: Livro “Era Assim no Campo | Meados do Século XX”
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