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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

A POVOACENSE VERA CORREIA É CANDIDATA À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DA POVOAÇÃO

Vera Mónica Correia

Vera Mónica Correia, 31 anos de idade, militante do Partido Ecologista “Os Verdes” é a cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Câmara Municipal da Povoação e defende que o futuro depende da afirmação de “novas políticas” para fazer face aos problemas concretos das pessoas. 


Um Olhar Povoacense - Qual a motivação que a levou a candidatar-se novamente a Presidente de Câmara?


Vera Correia -  candidato-me novamente porque acredito no potencial da Povoação e nos Povoacenses e acredito que posso fazer a mudança para melhor com políticas sociais e ambientais, entre outras.


U.O.P. - Acha que os Povoacenses têm sido tratados de forma justa e igualitária pelo atual Presidente de Câmara?

V.C. - A actual autarquia muitas vezes não tem sido justa. Há pessoas e pessoas.


De qualquer forma, a Povoação e os Povoacenses em geral não têm sido tratados como deviam. Falta de investimentos em habitação e acessibilidades são as mais gritantes. Existem zonas da Povoação mais desenvolvidas que outras.


Para o actual autarca e candidato o aumento do número de camas no concelho é sinónimo de aumento de turismo e consequentemente trabalho da autarquia. Não é. O aumento do número de camas deve-se ao bom turístico com a liberalização do espaço aéreo e isso aconteceu por toda a ilha e por todo o arquipélago em geral. O aumento do número de camas não é, por si só, um bom indicador pois sem controlo e regulamentação dos AL que veio trazer problemas a nível habitacional e não só aos Povoacenses. Aqui a autarquia devia ter intervindo e não o fez, regozijando-se de algo que a médio prazo criou problemas, nomeadamente nas Furnas. No restante concelho há AL e afins mas depois o turista queixa-se de falta de certos serviços, bens e actividades de apoio ao turismo. O Concelho da Povoação tem mais para oferecer, necessita é ser explorado (com conta, peso e medida) descentralizando o turismo das Furnas para o resto do Concelho criando oportunidades e desenvolvimento para toda a área e todos os Povoacenses. Nunca poderei comparar o desenvolvimento das Furnas com o desenvolvimento de Água Retorta pois não é igual.


Se formos a falar dos programas ocupacionais temos outro problema, pois os mesmos estão a ser usados para camuflar problemas e não para a resolução dos mesmos. Se existe uma necessidade real e efectiva de um posto de trabalho então deve ser utilizado um contrato de trabalho e não um programa. Há que dar estabilidade aos Povoacenses.


A nível animal e ambiental há ainda um longo caminho a percorrer e a autarquia não tem dado ouvidos e prestado atenção a quem se dedica a esta causa.


U.O.P. - No geral a pandemia COVID-19 afetou o concelho da Povoação no seu todo em diversificadas situações. Como descreve as medidas tomadas a nível local?


V.C. - A nível geral a pandemia evidenciou problemas já existentes, nomeadamente no que toca a centros de saúde, hospitais e acessibilidades. Não havia muito de diferente que se pudesse fazer, todos fizemos sacrifícios. O Governo Regional agiu como achava que devia e a cerca, apesar de difícil gerir as emoções, foi um bem para a população pois permitiu que não houvesse propagação da doença. Infelizmente fomos os primeiros, felizmente não houve muitos infetados, também devido ao bom comportamento da população que lhes dirijo, desde já, os meus parabéns pelo exemplo que deram. 


U.O.P. - Será que consegue apontar algo de positivo desta fase pandémica que continua a atormentar-nos ou pelo contrário não há nada de positivo a reter?


V.C. -  De positivo posso apontar a redução do transporte próprio, a importância da produção e do comércio local, da entreajuda e solidariedade entre a população, da importância que tem o serviço regional de saúde.


U.O.P. - A nível social deve ter sido muito difícil para quem possui cargos de intervenção nesta área gerir diversas situações de carências que infelizmente afetaram várias famílias Povoacenses. Sendo candidata a Presidente da CMP certamente deve ter conhecimento de algumas destas situações. Acha que foi feito o suficiente por estas pessoas ou ficou algo por fazer?


V.C. - Fica sempre algo por fazer, há sempre algo que se podia ter feito. Quando se depende do exterior para a sobrevivência e no caso de um fecho aí se verifica a importância do produzir localmente. As empresas e as famílias foram afectadas e podiam ter tido mais apoio, mais ajudas. A estabilidade no emprego ficou afectada pela pandemia e aqui a câmara pode dar um contributo na criação de empregos com estabilidade. 


Por exemplo a CMP podia ter seguido o exemplo de outros e contribuir para a continuidade dos serviços de restauração, pagando uma taxa aos taxistas para que os mesmos fizessem a distribuição ao domicílio de comida dos restaurantes. Garantia trabalho para a restauração, taxistas e combatia o desperdício alimentar.


U.O.P. - Quando o PSD perde a CMP para o PS quase que foi necessário aderir ao reequilibro financeiro, o que hipotecaria seriamente a ação de gerência em prejuízo de todos os Povoacenses. O que acha desta situação e da tão proclamada dívida que de ato eleitoral em ato eleitoral é vincada pelo PS?


V.C. - A dívida, quer se queira ou não, existia e teve de haver um reequilíbrio e reestruturação das contas. Só não posso aceitar que durante todo este tempo só se tenha pensado nisso colocando em xeque o concelho. Podia ter-se feito uma reestruturação mais faseada e continuar a investir no concelho pois este acabou por se distanciar do resto da ilha em termos de desenvolvimento


U.O.P. - Hoje como candidata anunciada à CMP o que de novo  tem a propor ao eleitorado Povoacense?


V.C. - um maior cuidado com as estradas/acessibilidades; produção local baseada no consumo local; maior atenção ao meio ambiente que nos rodeia dando primazia à flora nativa e à reciclagem por forma a tornar a Povoação num exemplo de sustentabilidade; mais habitação e habitação social, apoio na área de animais domésticos e/ou errantes; dinâmicas na valorização da multiculturalidade e da história e património da Povoação; descentralização do turismo; quebrar o isolamento dos idosos; apoiar o desporto; criar uma rede de trilhos municipais e recuperar a grande rota, criando também trilhos para pessoas com dificuldade de mobilidade.


U.O.P. - Acha que os Povoacense devem confiar-lhe o seu voto e porquê?


V.C. - O que posso prometer aos povoacenses é o meu comprometimento total, honestidade e trabalho para com este concelho. Quero retribuir aquilo que um dia me deram: os valores de vivência em sociedade e a educação que recebi e todo o carinho que só aqui sinto. 


Apesar de não morar actualmente no concelho, por conta da minha vida profissional e pessoal, passo grande parte dos meus dias aqui o que faz com que eu conheça a realidade do concelho e as dificuldades dos Povoacenses.


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