“VIOLAS DO ATLÂNTICO XI” INCENTIVA A APROXIMAÇÃO DOS TOCADORES DE VIOLA NOS AÇORES

A “Viola Micaelense” e “Viola Terceirense” tiveram, finalmente, o seu encontro musical, ao vivo, na 11.ª Edição do Festival Violas do Atlântico.

O momento e dinâmica que se vive actualmente nos Açores em torno das nossas Violas é no sentido de uma aproximação e colaboração cada vez maior entre todos. Quer seja na mesma freguesia, concelho, Ilha ou entre Ilhas dos Açores.

Esta foi a principal mensagem transmitida por Bruno Bettencourt e Rafael Carvalho, os 2 músicos que participaram, com as suas Violas, no concerto do passado dia 18 de Setembro, no Estúdio 13 – Espaço de Industrias Criativas.

Os músicos encontraram-se em 2020, mas num concerto em formato online, pelo que, nesta edição 2021, finalmente ao vivo, apresentaram várias modas tradicionais da Ilha de São Miguel e da Ilha Terceira, em que as violas de 12 e de 15 cordas, foram-se desafiando em pequenos despiques musicais, dando a perceber as diferenças de execução técnicas e as diferenças timbricas entres elas.

Acima de tudo, percebeu-se que esse diálogo entre violas, e essa complementaridade musical, bem como a cumplicidade e amizade entre os dois músicos, para além de representar um importante marco na história da Viola nos Açores, é fundamental para uma maior aproximação e relação entre os tocadores de Viola destas duas Ilhas dos Açores.

O público presente soube acolher e acarinhar o concerto, havendo até algumas questões da parte do público, sobre as Violas, suas diferenças de afinação e números de cordas, o que representa bem o objectivo do evento e do Festival.

Bruno Bettencourt e Rafael Carvalho aproveitaram para trabalhar e aprimorar mais algum repertório conjunto, no sentido da concretização do álbum entre as Violas da Terceira e de São Miguel, que estão a preparar ao longo deste ano.

Para 2022 a Associação de Juventude Viola da Terra pretende trazer a Viola Amarantina, a única Viola de Arame Portuguesa que ainda não participou no Festival.

Violas do Atlântico XI foi uma coprodução da Associação de Juventude Viola da Terra e do Estúdio 13 – Espaço de Indústrias Criativas, e contando com o apoio do Governo dos Açores.