A morte é um autêntico ladrão…
João Francisco Melo Arruda, faleceu a 1 de abril de 2002, no seu local de trabalho no jardim de nome Drº Adelino Dinis Costa Dias, interiormente e mesmo na actualidade mais por Jardim das Termas, vítima de ataque fulminante. Um bom amigo, humilde, respeitador, honesto, sincero, de trato afável, é assim que demonstro o grande homem mais conhecido pela alcunha de “João Cascalho”, tanto ele como o filho, era assim conhecido por todos. A caminho da Povoação para o meu local de trabalho, estava ele no Jardim das Termas como de costumo, e eu apitei para saúda-lo como era hábito praticamente todos os dias aquela hora de manhã. Ao chegar ao meu local de trabalho, praticamente 15 minutos depois sou confrontado com a trágica notícia que nem queria acreditar. O João Cascalho faleceu. Como? De ataque cardíaco, foi assim que recebi essa triste notícia. É assim a vida meus amigos! Porque quando alguém que amamos morre, é como se uma parte de nós também morresse, é um vazio que se instala no nosso peito, é uma dor que se mistura com a revolta de já não termos o ente amado ao nosso lado, de já não podermos tocar na sua mão, abraçar e lhe dizer palavras doces.
A morte de um ente querido é uma dor inigualável, que fere a alma e deixa sempre uma cicatriz. Mas um dia o sofrimento agudo há de transformar-se aos poucos em uma saudade doída que está quase sempre a palpitar, até se tornar saudade e bem querer que já não martela os sentimentos todo o dia.
Considero a morte como um ladrão, porque rouba-nos o que temos de mais precioso sem avisar-mos e nunca mais nos devolve o nosso ente querido, por isso somos um mistério neste mundo, simples passagem ou meras férias, como também este mundo é uma mistério para nós!
Com o tempo a dor e a ausência causadas pela morte viram apenas uma forte saudade que aparece por causa de uma antiga fotografia, um velho baú de recordações, uma história relembrada ou um cheiro que surge do nada. A saudade é memória das coisas boas que ficam guardadas no fundo do peito, ou do nosso coração. Só quem passa é que se sabe dar o valor, como se diz popularmente, e agora estou consciente que é a pura verdade. Eterno descanso meu amigo João Cascalho.
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