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quarta-feira, 20 de maio de 2020

AGLOMERADO NUNCA VISTO DE CARAVELA PORTUGUESA NA PRAIA DA RIBEIRA QUENTE (COM VÍDEO)

Foto gentilmente cedida por: José Linhares
Este apanhado em vídeo e fotográfico foi reportado pelo ribeiraquentense José Linhares, que gentilmente cedeu ao blogue "Um Olhar Povoacense" o seu testemunho avistado pelo próprio na praia da Ribeira Quente.

Um Olhar Povoacense agradece ao amigo José Linhares a cedência das imagens.


Caravela-portuguesa: Saiba Porque É Tão Temida

A Caravela-portuguesa tem fama para além de Portugal. Mas porquê? Saiba o que torna este curioso ser vivo tão temido além-fronteiras.

A Caravela-portuguesa maravilha-nos com as suas cores e tons, mas atenção! Àqueles que têm coragem para chegar perto demais: este curioso animal é perigoso, a picada extremamente dolorosa e pode evoluir para algo mais grave.

ALFORRECA? MEDUSA?

A Caravela-portuguesa é frequentemente confundida com uma alforreca, mas não o é. O nome científico é Physalia Physalis, pertence ao grupo dos cnidários e na verdade não é sequer “um” animal. A Caravela-portuguesa é um organismo pluricelular, composto de quatro pólipos, ou zooides, distintos – portanto, uma colónia.

Estes quatro pólipos não sobrevivem separados, e só ocorrem juntos, como no caso da Caravela-portuguesa. Os pólipos que compõem a colónia são: um pneumatóforo transformado numa vesícula flutuadora; os dactilozooides, que formam os tentáculos; os gastrozooides que formam os "estômagos" da colónia; e os gonozoides, responsáveis pela reprodução.

BELEZA FLUTUANTE

A Caravela-portuguesa não nada, ao contrário das alforrecas, mas flutua. Move-se pelos oceanos empurrada pelo vento, e o pólipo que constitui a “cabeça” da colónia mantém-se à tona. O nome comum da Physalia Physalis vem do formato da parte que flutua: parece-se muito com um chapéu usado pelos marinheiros medievais portugueses, ou até com as caravelas usadas, razão pela qual foi apelidada de Caravela-portuguesa.

Além de Caravela-portuguesa – em inglês, Portuguese Man’o’War – também é chamada de Garrafa Azul, devido à coloração azulada que por vezes adquire. As cores da Caravela-portuguesa variam entre o rosa e o azul, sendo muito frequente ocorrerem cores arroxeadas. Estas variações são atribuídas ao ambiente em que se inserem, mas a causa exata é desconhecida.

GELATINOSAS, MAS RESISTENTES

Desengane-se quem acha que estes cnidários são frágeis! As Caravelas-portuguesas são extremamente resistentes e adaptáveis.

Como flutuam, estão muitíssimo expostas ao sol e a radiação ultravioleta que, em altas doses, pode provocar mutações no ADN e levar a tumores ou cancro. No entanto, as Caravelas-portuguesas parecem não ser afetadas pela radiação UV da mesma forma que outros animais, o que sugere que as suas carapaças coloridas podem atuar como uma espécie de protetor solar.

Ainda que não seja raro ver grupos pequenos, é frequente encontrar-se mil ou mais Caravelas-portuguesas, a flutuar em águas mais quentes, um pouco por todo o mundo. Para evitar certas ameaças à superfície, as colónias conseguem libertar algum do gás nos seus flutuadores, e submergir brevemente.

QUEM VÊ CARAS…

As Caravelas-portuguesas são belíssimas, com as suas cores translúcidas e brilhantes, no entanto, não é aconselhável chegar-se perto delas. Isto porque debaixo da carapaça mole escondem-se tentáculos compridos, até 20 metros, que têm cnidócitos venenosos. Estes cnidócitos são células urticantes, recheadas de filamentos que libertam as toxinas da Caravela-portuguesa, quando em contacto com a pele, por exemplo.

O veneno da Caravela-portuguesa é, de certa forma, parecido ao da aranha Viúva-negra, que provoca dores muito fortes, queimaduras que podem ser até de terceiro grau, e em casos mais extremos, reações alérgicas graves acompanhadas de arritmias, náuseas e necrose do tecido. As queimaduras provocadas pelo contacto com os tentáculos provocam cicatrizes, em certos casos, permanentes.

REFEIÇÕES PARTILHADAS

As caravelas portuguesas não caçam, no sentido da palavra, mas capturam pequenos organismos marinhos desatentos, como peixes e plâncton, com os seus tentáculos. Uma vez apanhados, as presas são paralisadas, ou até mortas, por ação do veneno da Caravela-portuguesa. A presa é depois conduzida para os pólipos digestivos da colónia, que digerem o alimento. Os nutrientes são depois partilhados entre os vários zooides.

E se as Caravelas-portuguesas têm muitas possíveis presas, não tem tantos predadores. Os poucos conhecidos são a tartaruga-comum, o caracol-violeta e a lesma-do-mar azul, que são, obviamente, imunes às toxinas da Caravela-portuguesa.

COMO PROCEDER EM CASO DE CONTACTO

Segundo o IPMA, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, os cuidados a ter em caso de contacto com uma Caravela-portuguesa são:

1. Lavar, com cuidado e sem esfregar, a zona afetada com água do mar e nunca com água doce.

2. Remover os tentáculos que possam estar agarrados à pele com um instrumento de plástico – preferencialmente pinças, mas, na falta, um cartão bancário, cartão de cidadão ou carta de condução servirão.

3. Aplicar vinagre, se for possível. Nunca álcool ou amónia.

4. Aplicar bandas quentes ou água quente para alívio da dor.

5. Procurar assistência médica o mais rapidamente possível.

Se, por outro lado, avistar uma Caravela-portuguesa, depois de alertar as pessoas que estão por perto, comunique-o ao IPMA ou à Autoridade Marítima, fornecendo informações sobre data, hora e local do avistamento, bem como número aproximado de indivíduos.

CARAVELAS-PORTUGUESAS NO ALGARVE?

Em março deste ano, a Autoridade Marítima lançou o alerta à população para o surgimento de Caravelas-portuguesas na costa, especialmente no Algarve.

As Caravelas-portuguesas surgem frequentemente na Madeira e Açores, sendo pouco comum o seu aparecimento na costa continental. No entanto, pode acontecer, e no caso de estar presente, mais vale estar preparado.

Algo digno de nota: não tente tocar numa Caravela-portuguesa ainda que ela tenha dado à costa aparentemente morta! Mesmo mortas, os seus tentáculos podem ainda ter veneno e ficar agarrados à pele.

Fonte: National Geographic

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