ABBAS AKHAVAN, ATELIER BRUM + ATELIER CALDEIRAS, ALEX FARRAR, ALICE DOS REIS, ANA CRISTINA CACHOLA, CATARINA MIRANDA, DIOGO LIMA, DANNY BRACKEN, FLÁVIO RODRIGUES, HUGO CRUZ, ILHAS STUDIO, IRENE CAMPOLMI, JOÃO PEDRO VALE & NUNO ALEXANDRE FERREIRA, JULIANA HUXTABLE, LOUISE O'KELLY, LUÍSA SALVADOR, MANÉ PACHECO, MARGARIDA FRAGUEIRO, MICHELANGELO MICCOLIS, MIGUEL FLOR, MIGUEL MESQUITA, NADIA BELERIQUE, PEDRO MAIA, PONTO ATELIER, SOFIA CAETANO & ELLIOT SHEEDY, TALKIE-WALKIE, THEATERFORMEN FESTIVAL, TROPA MACACA, VICTORIA SIN, VIVÓEUSÉBIO E OUTRAS PARTICIPAÇÕES
O Walk&Talk Festival de Artes realiza-se de 9 a 19 de julho e a nova edição do evento, designada “9.5”, vai reunir projetos artísticos que estão a ser especialmente programados pela comunalidade de artistas, curadores e equipa envolvida na organização, para pensar a criação, fruição e sustentabilidade das práticas artísticas entre o local ou onsite – São Miguel nos Açores -, e a esfera global, com recurso a uma plataforma online que será a porta de entrada para o festival.
Em 2020 o Walk&Talk vai intersetar contextos online e onsite, explorar plataformas emergentes e novos formatos de criação e apresentação artísticas, para programar uma edição 9.5 que acompanha o momento atual e incorpora os impactos incontornáveis da pandemia COVID-19 no bem-estar das populações, proximidade social e vivência dos espaços públicos. Paralelamente, a realização do evento pretende apoiar a reinvenção dos mecanismos de fruição das artes, projetar dinâmicas positivas de socialização e atuar para a expansão das experiências de contacto com as comunidades, desde o local ao global.
“O Walk&Talk vai transitar entre lugares, propondo novos mapeamentos e ensaiando circuitos alternativos de interação e afetos. É um teste à forma como continuamos a mover ideias entre lugares e públicos, e o primeiro momento de uma conversa sobre comunalidade que vamos desenvolver até à 10ª edição do festival, no nosso programa de residências e em atividades do Circuito de Conhecimento”, descreve Sofia Carolina Botelho, codiretora artística.
A edição 9.5 não substitui a 10ª edição do Festival de Artes, que se realizará em julho de 2021, emerge sim como um novo projeto baseado na colaboração, partilha e solidariedade, práticas que a organização pretende ver fortalecidas nas sociedades e, muito em particular, no setor cultural.
“O conceito de comunalidade vai acompanhar, de perto e à distância, os projetos artísticos em criação, propor novas comissões e expandir espaços de reflexão e partilha. Vai também traduzir-se no próprio exercício curatorial que tem sido desenvolvido numa lógica horizontal de articulação com artistas, curadores, parceiros e equipa, colaborações que priorizámos nesta edição, porque como agentes culturais é nossa responsabilidade agir para atenuar as situações de vulnerabilidade profissional que foram acentuadas com a pandemia”, acrescenta Jesse James, codiretor artístico.
No dia 9 de julho inaugura a plataforma online que será a porta de entrada para o Walk&Talk 2020. O design deste novo espaço de programação do festival, a cargo do coletivo vivóeusébio, constitui a primeira comissão a ser desenvolvida para a edição 9.5. A plataforma estará acessível ao público através do website www.walktalkazores.org e até 19 de julho vai apresentar projetos, eventos e atividades artísticas, na sua maioria inéditas e que resultam de novas comissões e propostas do grupo de artistas, curadores, parceiros e equipa envolvido no evento.
O programa vai favorecer formatos desenvolvidos no âmbito dos vários circuitos do festival, tais como projetos de música, dança e performance no Circuito Performativo; o ciclo de conversas temáticas Talk About em podcast e a Summer School para jovens da região, ambas no Circuito Conhecimento. A edição 9.5 vai também prosseguir o Circuito Ilha que marca a génese do festival, com a apresentação de instalações, performances, screenings e distribuição de mail art em vários locais de São Miguel e, com o lançamento da “Rádio 9.5”, transmitida em FM e online, fará chegar a programação diária do Walk&Talk às nove ilhas do arquipélago e ao resto do mundo. Estes projetos vão surgir de novas propostas artísticas, bem como da tradução ou extensão do programa online, e serão produzidos onsite pela equipa Walk&Talk, que estará reunida nos Açores durante o evento.
Além das participações já confirmadas, foram recentemente anunciados os resultados das quatro Open Call Walk&Talk, que anualmente abrem candidaturas para artistas, estudantes de artes, jornalistas e profissionais de arquitetura. Andrew Herzog, Diogo da Cruz, Ellie Ga, Estela Oliva + Ana Quiroga, Matthew C. Wilson e Tiago Patatas, constituem o grupo de artistas selecionado para as Residências Artísticas, Catarina Gongalves e Luís Senra venceram o Jovens Criadores, Joana Jervell (Attitude Magazine) e Rebecca Greenwald (Metropolis Magazine) a chamada aberta a Jornalistas. Este grupo de artistas e jornalistas terá a oportunidade de participar na edição de 2020 e de desenvolver os seus trabalhos no âmbito das futuras edições do evento.
O concurso para a criação do Pavilhão W&T, promovido em parceria com a Trienal de Arquitetura de Lisboa, reconheceu com menções honrosas as propostas dos coletivos Sauermartins e ArkStudio + StudioMAS, e premiou o projeto do Ilhéu Atelier, que será construído em 2021 na cidade de Ponta Delgada para acolher a 10ª edição do festival.
Os conteúdos da edição 9.5 serão apresentados em estreia ao longo do festival e vão permanecer acessíveis ao público na plataforma online após o evento, constituindo um arquivo intemporal que vai permitir refletir sobre a produção artística no momento atual e apoiar a preparação da 10ª edição do Walk&Talk em 2020, que se antevê aconteça num contexto de renovada colaboração e proximidade social.
SOBRE O WALK&TALK
Walk&Talk designa o Festival de Artes que acontece todos os anos em julho em São Miguel e o programa de residências artísticas que é alargado no tempo e a outras ilhas do arquipélago. De carácter experimental e participativo, o Walk&Talk motiva a criação de objetos inéditos em diálogo com o território e as especificidades socioculturais da região dos Açores; atua no envolvimento de comunidades locais e migrantes em torno do conhecimento que é gerado no campo alargado das artes, intersetando arte, dança, performance, teatro, arquitetura, design, cinema e música.
O Festival realiza-se desde 2011 em São Miguel e, ao longo de nove edições, teve passagens pela Terceira e acolheu centenas de artistas de múltiplas origens geográficas e disciplinares. O programa do festival organiza-se em cinco circuitos – Circuito Ilha, Circuito de Exposições, Circuito Performativo, Circuito Residências e Circuito Conhecimento, no âmbito dos quais promove a criação de novos projetos, na sua maioria desenvolvidos em residência.Integra a apresentação de espetáculos, concertos, performances, conversas, eventos paralelos e iniciativas focadas na partilha de conhecimento, que convocam a participação das comunidades locais.
É um projeto da Anda&Fala, uma organização cultural sem fins lucrativos, que é também responsável pelo ciclo Periférica - Brainstorming Culture and Geographies, RARA - Residência de Artesanato da Região dos Açores e PARES – Programa de Apoio à Atividade Artística nos Açores. A Anda&Fala foi fundada em 2011 e tem sede em Ponta Delgada. Desde 2016 é declarada de Utilidade Pública pelo Governo dos Açores e no biénio 2020/21 as suas atividades e projetos são apoiados pelo Ministério da Cultura/DGARTES. A associação é um dos nove parceiros do programa Centriphery, vencedor do Creative Europe 2019-2021 da Comissão Europeia e o Festival Walk&Talk é membro da EFFE – Europe for Festivals Festivals for Europe.
Sem comentários:
Enviar um comentário