Hoje
apresentamos mais uma peça do museu do colecionador povoacense Luís Junípero, o
candeeiro a petróleo, peça que foi ultrapassada com o aparecimento da energia
elétrica.
Esta
peça utilitária foi muito usada até meados do século passado nos meios rurais
então bastante habitados e onde a energia eléctrica não passava de uma miragem.
Estes
candeeiros que se compõem de “pé”, “cabeça” e “chaminé” apresentam por vezes
formatos diferentes, havendo mesmo os que não têm pé, começando logo no
depósito no qual existe uma argola em vidro por onde se pega. Ainda que o
tamanho mais vulgar seja aquele que a foto principal apresenta, há maiores e mais
pequenos. O vidro é normalmente transparente o que facilita ver o abastecimento
que possui e o tamanho da torcida, também os há de cor, nomeadamente azuis,
verdes e vermelhos.
Tanto
o pé como a chaminé são de vidro e há variadíssimos motivos decorativos no pé,
que inclui o depósito. As chaminés são praticamente iguais, com pequenas
diferenças na parte superior.
Estes
candeeiros vieram substituir as candeias de azeite e as pessoas sentiram uma
grande diferença na iluminação das casas, já que trazê-los para a rua originava
pela diferença de temperatura, a quebra da chaminé.
O
borrão que formava a torcida tinha de ser frequentemente cortado para que
existisse uma melhor luz e havendo a tarefa diária de limpar a chaminé que se
tisnava com facilidade, principalmente se a torcida não estava limpa.
Além
disso, a cabeça que é de metal devia ser limpa com frequência reluzindo o
amarelo.
Após
a chegada da eletricidade são arrumados nos armários para servirem apenas
quando falte a luz e os poucos que ainda hoje existem têm essa função.
Aqui
fica a apresentação de mais uma peça existente no museu do povoacense Luís
Junípero.
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