Um
Olhar Povoacense recorda com saudade o povoacense Paulo Roberto Loras Maia, que
nos deixou prematuramente aos 35 anos de idade, faleceu no dia 20 de fevereiro
de 2003, completando hoje 12 nos da sua partida ao encontro do Senhor.
Este
jovem povoacense partiu cedo do mundo dos vivos, era um ser humano portador de
um sentido de humor contagiante, um desportista de qualidade, simpático,
afável, amigo, um agente da autoridade reto e exemplar.
Lembro-me
particularmente de uma aventura em que eu e o meu amigo Marco Rovoredo vivemos
com ele. Estávamos nós a passar numa das ruas da Vila quando assistimos a um
acontecimento no mínimo estranho, acabávamos de ver um sujeito suspeito a
entrar pela porta da frente de uma casa em que os seus donos estavam a residir
no estrangeiro. Ficamos uns minutos escondidos a observar e chegamos à
conclusão que seria um assalto. Fomos ao antigo posto da P.S.P. e o Paulo Maia
encontrava-se de serviço mais um colega. O colega ficou no posto e o Paulo
acompanhou-nos, pediu-nos para nos mantermos afastados, indicamos os locais que
vimos o sujeito entrar e sair mais do que uma vez. O agente Paulo Maia descobre
que uma das janelas das traseiras da casa encontrava-se encostada, nós fomos
para a parte da frente da casa espreitar a porta da rua. Resumindo o ladrão foi
apanhado em flagrante delito e encontra-se praticamente a morar no salão desta
casa, com uma vela acesa no sobrado de madeira, com as roupas da casa todas
reviradas, cozinha revirada, comida espalhada etc. Depois do sujeito apanhado e
identificado, tendo nós como testemunhas, levamos meses a falar neste episódio
que até então só assistíamos nos filmes.
Este
foi um entre outros momentos que nos marcou e que jamais esqueceremos.
Paulo
Maia foi vítima de doença rara (síndroma de Behcet), que começou a
manifestar-se aos 25 anos de idade e que o atirou para uma cadeira de rodas,
tendo levado uma vida de grande sofrimento durante os seus últimos anos de
vida.
Paulo
Maia era agente principal da Polícia de Segurança Pública na esquadra da Vila
da Povoação, tendo ingressado nesta corporação no ano de 1990. Durante os anos
em que prestou serviço na P.S.P., Paulo Maia foi distinguido com um Louvor e um
Elogio e foram-lhe atribuídas uma Medalha de Cobre por Comportamento Exemplar e
uma Medalha de Assiduidade de uma Estrela.
O
seu funeral constituiu uma profunda manifestação de pesar. Para além dos muitos
amigos e conhecidos também a P.S.P. fez-se representar pelos mais altos
graduados do Comando de Ponta Delgada.
Paulo
Maia era filho de Olivério Peixoto Maia e de Veneranda Câmara Loras Maia. Era
casado com Lúcia de Fátima Rebelo Maia e deixou um filho, Ricardo Jorge Rebelo
Maia.
Que
a sua alma descanse em paz!
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