O
Movimento Lagoa das Furnas quer que o presidente da Câmara Municipal da Povoação,
suspenda a entrada em vigor de taxas naquele espaço para que a comunidade possa
ser ouvida sobre a matéria.
Isso
mesmo reiteraram os membros deste movimento ontem, em declarações aos
jornalistas em Ponta Delgada, após um encontro com o diretor regional do
Ambiente, que durou cerca de duas horas e meia e durante o qual expuseram as
suas preocupações em relação à decisão do município de avançar com taxas, a
partir de 01 de março, no espaço da lagoa das Furnas.
“A
garantia com que que saímos daqui foi a de que o senhor diretor regional do
Ambiente vai transmitir todas as nossas pretensões [ao presidente da Câmara
Municipal da Povoação] para que o que não foi feito até agora, ou seja, a
consulta da população sobre a adoção destas taxas, tenha agora lugar”, declarou
Elisabeth Medeiros, porta-voz deste movimento.
Segundo
este grupo de cidadãos das Furnas, contrariamente ao que aconteceu com a
restauração, por causa da introdução de taxas para a confeção de cozidos na
mesma zona das Furnas, o presidente do município da Povoação não ouviu a
população sobre as restantes taxas que vão ser adotadas no início de março,
para a utilização do parque de estacionamento e a entrada na área da lagoa,
entre outras.
Elisabeth
Medeiros frisou que estas taxas que não têm a ver com os cozidos só surgiram
após o encontro entre a Câmara Municipal e a restauração, sem conhecimento da
população das Furnas.
“Houve
sempre flexibilidade” para reunir com o autarca da Povoação, referiu, recordando
que o movimento é a favor da adoção da taxa para os cozidos.
“Chamam
às Furnas a sala de visita dos Açores. Como é que se vai pagar para aceder a
este espaço? E a quê? A uma lagoa que está a morrer porque não se chegou a
solucionar o seu tratamento?”, questionou, numa referência ao processo de
eutrofização da lagoa, estando em curso um trabalho de recuperação por parte
das autoridades regionais.
Segundo
Elisabeth Medeiros, as taxas “já estão a afastar as pessoas” da lagoa das
Furnas, mesmo antes de entrarem em vigor, considerando o movimento que esta
opção da Câmara Municipal da Povoação é um “ataque à economia local”.
“Os
membros do movimento não têm dúvidas em afirmar que esta intenção do autarca da
Povoação irá ter um efeito drástico na economia das Furnas, que depende
exclusivamente do turismo e, em particular, dos turistas residentes, que
procuram a freguesia por causa da lagoa e do cozido”, diz o movimento, numa
nota divulgada na segunda-feira.
Segundo
Elisabeth Medeiros, uma das taxas que foi anunciada, para utilização das mesas
de piquenique nas margens da Lagoa, vai ficar suspensa durante um ano, dizendo
que a informação lhe foi transmitida pelo diretor regional do Ambiente.
O
diretor regional do Ambiente não prestou declarações aos jornalistas no final
deste encontro
Texto:
Lusa
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