Um
grupo de cidadãos formou um Movimento de Contestação às Tarifas da Lagoa das
Furnas, na ilha de São Miguel, nos Açores, considerando que a medida "não
tem cabimento" e pode afastar visitantes daquela zona.
“O
grupo concorda com a tarifa aplicada para a conceção dos cozidos, porque é uma
mais-valia para ajudar na manutenção da zona envolvente da lagoa das Furnas,
mas no que diz respeito às tarifas da entrada, estacionamento, utilização de
mesas e casas de banho, estamos contra”, declarou Elizabeth Medeiros, porta-voz
deste movimento, que vai reunir-se com o secretário regional do Ambiente para
abordar esta matéria.
Elisabeth
Medeiros disse à Lusa que do Movimento de Contestação às Tarifas da Lagoa das
Furnas fazem parte, para além de naturais das Furnas, proprietários de casas de
veraneio na freguesia e pessoas ligadas à restauração.
A
porta-voz deste grupo lembrou que que já foram apontados vários valores para as
taxas que vão ser cobradas, ainda não confirmados oficialmente, como o
pagamento de 0,50 euros para entrar no espaço e cinco euros para estacionar.
Há
também a indicação, ainda de acordo com Elizabeth Medeiros, de que os
habitantes das Furnas estarão isentos do pagamento da entrada no espaço da
lagoa.

Os
membros deste movimento receiam, por outro lado, que a paisagem fique
“completamente descaraterizada” com as portagens que foram colocadas no local.
“Sabemos
que existe este tipo de solução em outras localidades e países, mas não podemos
comparar a nossa economia nem a situação que as pessoas atravessam atualmente.
Não tem cabimento. A natureza ofereceu-nos aquela paisagem maravilhosa e agora
estão a obrigar as pessoas a pagar”, declarou.
O
movimento congratula-se com a postura “muitíssimo correta” do presidente da
câmara da Povoação, Carlos Ávila, de auscultar a restauração das Furnas na
solução encontrada para os cozidos, mas lamenta que não tenha havido diálogo
com a comunidade local.
“Ficámos
à espera que o presidente da Câmara Municipal da Povoação fizesse a mesma
coisa. Só que nunca reuniu, nunca conversou com ninguém na comunidade. Ficámos
também à espera da própria Junta de Freguesia das Furnas, que é quem nos
representa”, referiu ainda Elizabeth Medeiros.
Fonte:
Lusa/AO Online, 11 de fevereiro de 2015
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