
História
da Revolução dos Cravos:
A REPÚBLICA
PORTUGUESA
Em
Portugal não há memória de outro sistema político para além dos republicanos. A
monarquia caiu há 103 anos e, desde então, os homens de sangue azul não
voltaram a controlar a nação. Mas antes de 5 de Outubro de 1910, o poder da
realeza em Portugal via-se gravemente ameaçado, a 1 de Fevereiro de 1908 por
exemplo, o Rei Carlos e o príncipe D. Luís foram assassinados em Lisboa. Os
dois anos seguintes foram de liderança débil, dirigidos por D. Manuel, que
provavelmente nunca pensou assumir o trono e muito menos numa idade tão jovem.
Este
momento sangrento é o ponto de partida para este documentário. Num momento em
que a porta está aberta para a mudança permanente. Porque caiu a monarquia e
como se estabeleceu um regime republicano que mantinha quase todos os vícios da
monarquia? As respostas são dadas pelas personagens principais deste drama.
Basear-nos-emos no testemunho dos descendentes dos primeiros presidentes da
República e também no dos últimos chefes de Estado. Cada um à sua maneira irá
ajudar-nos a compreender as três etapas diferentes do exercício do poder.
Ajudar-nos-á a analisar a instabilidade da primeira etapa Republicana, a
ditadura da segunda, e a estabilidade conseguida na terceira fase.
REVOLUÇÃO
ESTUDANTIL DE COIMBRA

A
recusa das autoridades em ouvir os estudantes acendeu um rastilho de indignação
que acabaria por mergulhar Coimbra num estado generalizado de desobediência
cívica. As tradicionais receitas repressivas do Estado para controlar a revolta
não só falharam, como ainda serviram para reforçar a unidade estudantil sob o
domínio da esquerda, contra a direita fascista.
O
que aconteceu aos estudantes de antão? Como vêem o presente e adivinham o
futuro? Procuramos nas fotografias e nos relatos da época quem foram os
protagonistas desde episódio, e hoje, vamos reencontrá-los para ouvir, na
primeira pessoa, os relatos de um episódio que mudou a História de Portugal.
Quarenta anos depois, pretendemos recordar um tempo de censura e de vozes
silenciadas, mas queremos também mostrar que esse foi ainda um tempo de coragem
e de determinação em que jovens estudantes sonhadores lutaram contra os poderes
instituídos para que o país conquistasse um dos bens mais elementares do
indivíduo: A LIBERDADE.
O ÚLTIMO DIA DA
REVOLUÇÃO

Esta
sucessão de episódios vai acelerar o desfecho do Processo Revolucionário em
Curso, e a 25 de Novembro as tropas estão de novo nas ruas, mas não todas do
mesmo lado. Dois entendimentos diferentes de Liberdade e de Democracia
confrontam-se no Portugal de 1975. Neste confronto existe a possibilidade de
Portugal, membro fundador da Nato, entrar para a lista dos países comunistas.
No lado de lá do Oceano, os Americanos assistem apreensivos ao desenrolar dos
acontecimentos. Chega a colocar-se a hipótese de invadir o país. Será que sim?
Ou será que não foi nada assim? O PCP avançou para o conflito? Ou temeu a
Guerra Civil? Porquê? Será que a Espanha pensou em dominar a “desordem” no país
vizinho, sobretudo depois da vandalização da sua Embaixada? Estas são as
questões que queremos ver esclarecidas. Para o fim deixamos a hipótese: e se em
25 Novembro de 1975 Portugal se tivesse tornado num país comunista, aliado da
URSS? Como seria a Diplomacia nos últimos anos da Guerra-Fria?
25 MINUTOS DE UMA
REVOLUÇÃO

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