O Instituto Açoriano de Cultura apresenta Ultramar na Pele, uma obra que nos mostra como a História também se impregna na pele. A história de homens que foram obrigados a fazer uma guerra em nome de um império que se desmoronou. Uma guerra que, como todas as guerras, deixa marcas. Neste caso, tatuagens. Que Diana Gomes, expert na matéria, analisa com rigor técnico e apreciação estética, desvendando o que levou os ex-soldados a tatuar na pele os símbolos e dizeres que ainda perduram. Num livro ilustrado pela objetiva de Rui Caria, fotojornalista, cujo olhar está treinado a escolher enquadramentos, ângulos, luz e o que mais importa.
Ultramar na Pele é, pois, um livro que tem tanto de belo quanto de inquietante. Um livro precioso, que alarga o entendimento do património ao próprio corpo. Um livro onde os protagonistas são açorianos que passaram pelos diferentes teatros da guerra colonial e que partilharam com Diana Gomes as suas memórias, os seus testemunhos de uma guerra que deixou marcas profundas no nosso país.
O lançamento desta obra terá lugar no dia 5 de outubro, pelas 15h00, no Núcleo de História Militar Manuel Coelho Baptista de Lima, em Angra do Heroísmo, e estará a cargo de Letícia Leal.
Ficha
técnica
Título
Ultramar na Pele
Texto
Diana Gomes
Fotografia
Rui Caria
Edição
Instituto Açoriano de Cultura
Número
de páginas 96
Preço
15,00
ISBN 978-989-8225-67-2
Diana Gomes nasceu em Crescent City, Califórnia (E.U.A.) em 1983. Aos cinco anos veio com os pais para a ilha Terceira, onde fez estudos. Aos 18 tornou-se body piercer, tendo feito formação na área, em Madrid (2005). Mais tarde, passa também a dedicar-se à tatuagem. Participou em convenções de tatuagens nacionais e visitou também várias convenções internacionais, em cidades como Toronto e Londres. A paixão pela tatuagem faz com que se delicie a viajar, visitar museus e monumentos. Em 2004, abriu na Praia da Vitória, com o marido, o estúdio “Poison Tattoo & Body Piercing”, dedicado a tatuagens e piercings.
Rui
Caria nasceu na Nazaré em 1972. O seu percurso profissional na área da imagem
começou em 1990, realizando pequenos filmes comerciais. Em 1993, tornou-se
correspondente da TVI, onde permaneceu como repórter e editor de imagem até
2003. Em 2005, mudou-se para a Ilha Terceira. Repórter e editor de imagem,
correspondente nos Açores para a SIC, desde 2006, colabora como fotojornalista
com alguns jornais nacionais e internacionais. O seu trabalho fotográfico é
internacionalmente reconhecido pelos editores de importantes sítios de
fotografia, como a “National Geographic”, 500px, 1x, Leica Fotografie
International e Getty Images. Vencedor e finalista de diversos concursos
internacionais, tem fotos publicadas em diversos livros internacionais de
fotografia, bem como na imprensa nacional e internacional. Em 2016, foi câmara
de prata da Federação Europeia de Fotógrafos na categoria de fotojornalismo na
competição de fotógrafo europeu do ano de 2016. Em 2019 venceu o primeiro
prémio do Sony World Photography Awards, National Awards.
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