A Diretora Regional da Energia adiantou na passada segunda-feira, 5 de agosto, na Terceira, que cerca de 40% da eletricidade produzida nos Açores no primeiro semestre deste ano decorreu do aproveitamento de fontes de energia renováveis e endógenas.
Andreia Carreiro considerou que se trata de um “resultado muito pertinente no contexto dos espaços insulares, que valida o empenho do Governo dos Açores em promover a transição para as energias limpas, privilegiando os recursos naturais como um dos pilares do desenvolvimento descarbonizado dos Açores”.
No total da eletricidade produzida nos Açores nos primeiros seis meses de 2019, o aproveitamento hídrico representou cerca de 4%, o eólico cerca de 8% e o geotérmico cerca de 26%, referiu Andreia Carreiro, sublinhando que “as fontes de energia renováveis são intermitentes e a sua disponibilidade depende de diversos fatores não controláveis, como as condições climatéricas”, o que justifica possíveis variações mensais no aproveitamento de cada fonte.
“Devido à inconstância dos recursos naturais, como a chuva, o vento ou o sol, por exemplo, a integração de sistemas de armazenamento de energia no sistema elétrico é fulcral, estando em curso estudos para o efeito, potenciando o aumento da contribuição das centrais baseadas em fontes renováveis variáveis”, referiu a Diretora Regional, evidenciando que se estima que, em 2023, cerca de 56% da energia elétrica tenha origem em fontes de energia renováveis e endógenas.
Andreia Carreiro falava à margem de uma visita à Central Geotérmica do Pico Alto, onde adiantou que, na ilha Terceira, a integração de renováveis e endógenas no primeiro semestre deste ano foi superior a 38%, tendo a geotermia representado cerca de 13%.
A Diretora Regional salientou que o aproveitamento geotérmico é “um dos projetos mais bem sucedidos nos Açores, com claros benefícios económicos e ambientais”, acrescentando que posicionou o arquipélago como "um exemplo a seguir no contexto europeu através da aposta na geotermia para produção de energia elétrica”.
Andreia Carreiro sublinhou ainda que o Governo dos Açores é parte integrante e ativa do grupo de trabalho da Especialização Inteligente S3 PARTNERSHIP Geothermal Energy 2.0, que cria sinergias entre os Açores e regiões de Espanha, Finlândia, Hungria, Holanda, Reino Unido, Escócia e Turquia, com o objetivo de partilhar, testar e apresentar soluções face aos desafios emergentes associados ao aproveitamento geotérmico, potenciando, deste modo, a sua prospeção e exploração no espaço económico europeu.
GaCS/DREn
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