Foi no passado dia 27 de janeiro que tomaram posse os Corpos Sociais da Fundação Maria
Isabel do Carmo Medeiros para o quadriénio 2017/2020.
Direção:
Presidente: Professor Doutor Padre Octávio de Medeiros
Secretário: Dr.ª Mónica Alexandra Campos Raposo
Tesoureiro: Dr. Nélson Pacheco Elias
Conselho Fiscal:
Dr. Luís Dâmaso Baptista Vasconcelos
Dr.ª Benilde Maria Soares Cordeiro de Oliveira
Mário Jorge Resendes Melo
Neste
sentido fomos de encontro ao recém reeleito Presidente
desta importante instituição concelhia, Professor Doutor Pe. Octávio Henrique
Ribeiro de Medeiros, que simpaticamente aceitou responder a Um Olhar Povoacense às questões abaixo
apresentadas.
Um Olhar Povoacense – A Fundação Maria
Isabel do Carmo Medeiros completou o seu cinquentenário em 2013. Como define o
percurso desta importante Instituição concelhia até aos dias de hoje.
Pe. Doutor Octávio de Medeiros – Não raro as críticas que se fazem ao
funcionamento das instituições, ignoram deliberadamente que todas as
instituições têm problemas de toda a ordem. Sendo assim, penso que o melhor que há a fazer é trabalhar para se
tentar eliminar defeitos e melhorar, mesmo que só um pouco, o funcionamento das
mesmas. Este é o caminho a seguir para dignificar, cada vez mais, o
“percurso desta importante Instituição concelhia!”. Não se resolve nada quando
escondemos a cabeça debaixo da areia. Em toda a sociedade pode haver conflitos
de toda a ordem, nem sempre fácil de gerir. Respondendo directamente à sua
pergunta, penso que tem sido um percurso muito positivo, embora não seja
totalmente isento de “falhas”.
U.O.P. – “a vida só pode ser compreendida quando olhamos para trás, mas ela só
pode ser vivida olhando para a frente”. Acha que a criação da Fundação
Maria Isabel do Carmo Medeiros foi decisiva para o desenvolvimento do Concelho
da Povoação?
Pe. O.M. – Sem dúvida. Basta “olhar para trás”. O que é que existia
no concelho (e não só)? analfabetismo, iliteracia, subdesenvolvimento a todos
os níveis. O poder nas mãos de poucos. Quando penso na “criação” da Fundação
sinto “um santo orgulho” por saber que foi pensada e “alimentada” por um
Sacerdote da nossa terra. Devo alertar os leitores para uma realidade
histórica. Eu sai da Povoação em Setembro de 1958, para ir para o Seminário do
Santo Cristo em Ponta Delgada. Só “regressei aos fins-de-semana”, em 1983 Por
isso, “não senti muito”, nem “beneficiei” directamente da acção da Fundação.
Mas isso não impede ninguém, muito menos um homem da Igreja, de afirmar que a criação da Fundação Maria Isabel do Carmo
Medeiros foi decisiva para o desenvolvimento do Concelho da Povoação.
U.O.P. – Os Corpos Sociais
da Fundação Maria Isabel do Carmo Medeiros foram reconduzidos por D. João
Lavrador e empossados no passado dia 27 de Janeiro para o quadriénio 2017/2020.
Quais as principais directrizes para os quatro anos que se seguem?
Pe. O.M. – Como sabe, o Plano de Actividades e o Orçamento para
2017 já foram submetidos ao Conselho Geral da Fundação e, por sinal, foram
aprovados. Assim sendo, a “primeira directriz” é dar corpo a esse Plano e
Orçamento. No entanto, há já algum tempo, que a Direcção da Fundação pretende
consolidar a sua estrutura funcional, eliminando algumas barreiras internas e
promovendo uma maior e melhor articulação entre as suas valências nos domínios
da gestão de recursos humanos e financeiros, bem como da promoção da
interdisciplinaridade e da pluralidade de actividades. Assim sendo, e atendendo
à necessidade de “restituir” à Fundação a sua imagem de unidade na diversidade
de Valências, a Direcção pensa vir a criar duas coordenações intermédias de
gestão – uma na área pedagógica e outra na área administrativa/financeira – as
quais farão a ligação entre as Valências e a Direcção da Fundação. Estas
coordenações intermédias não são um “corte” entre a Direcção e as Valências,
mas sim uma ponte que irá aproximar e juntar as valências à Direcção,
agilizando alguns procedimentos e reduzindo o tempo de resposta aos pedidos
apresentados.
U.O.P. – Das 4 valências da Fundação
Maria Isabel do Carmo Medeiros (Creche; Jardim de Infância; Escola Profissional
e Rendimento Social de Inserção) considera que alguma delas seja mais
importante que a outra?
Pe. O.M. – É o mesmo que perguntar a um “pai” qual é o filho/a de
quem gosta mais…. Embora sejam todas bastante diferentes, são todas muito
importantes. Acho que respondi à sua pergunta.
U.O.P. – A Fundação Maria
Isabel do Carmo Medeiros anunciou a pretensão de concretizar novos projectos.
Acha que será possível congregar esforços para alcançar os objectivos
propostos?
Pe. O.M. – Na presente conjuntura, penso que não será muito fácil
alcançar os objectivos traçados. Estamos a braços com a obra de remodelação e ampliação da
Creche/Jardim de Infância, temos “obras em curso” na Creche das Furnas, em
cooperação com a nossa Câmara Municipal e continuamos a “remodelar a adaptaar” as
instalações da Escola Profissional. Em breve esperamos fazer o convite para “as
inaugurações”.
U.O.P. – Como estão a
decorrer as obras na Creche e Jardim-de-infância da Vila da Povoação?
Pe. O.M. – Penso que, actualmente, estão a “velocidade de cruzeiro”.
Tivemos algumas dificuldades. Mas dizem que é normal. Eu é que não estava (nem
ainda estou) muito habituado a estas “andanças” (tenho uma formação
completamente diferente…). Às vezes, chego a pensar que é muita areia para a minha camioneta... Mas tenho feito um grande
esforço para me adaptar e penso que tenho conseguido “sair-me bem”….
U.O.P. – Há alguma
garantia de que a Fundação Maria Isabel do Carmo Medeiros vai continuar a
receber o apoio do Governo Regional na sua missão social?
Pe. O.M. – Essa pergunta deve ser dirigida ao Governo Regional dos
Açores e não a mim. Mas se quer que lhe responda com sinceridade, penso que
SIM. E sabe porquê? Porque o Governo não tem, na gestão do dia-a-dia,
mão-de-obra mais barata que aquela que tem nas Direcções das IPSS.
U.O.P. – Qualquer cidadão
que necessite de abordar o Presidente da Fundação Maria Isabel do Carmo
Medeiros para esclarecimento de alguma dúvida institucional como e quando o
poderá fazer?
Pe. O.M. - Estou todos os dias nas instalações da Fundação/Escola.
O meu telemóvel “é público”. Só não me encontra quem não quer. Depois das 16H00
(inverno) já não me encontram na Vila. Estou na Igreja. E sem qualquer problema
de consciência, pois não estou na Escola a “tempo inteiro”, mas a “meio tempo”.
Povoação,
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017.
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