Nascemos e pouco tempo é passado e somos viandantes do
caminho largo ou estreito na passerelle do mundo caminhamos quantas vezes
usando mascaras benévolas e malévolas metamorfoses desfilamos com vestuário
rico modesto ou andrajoso, é bom que não esqueçamos que nascemos nus, mas logo
após somos insaciáveis querendo mais e mais, insatisfação que nos acompanha
vida fora avaros esquecemos que paredes-meias existem Lázaros a quem nem um
sorriso damos.
É de bradar aos céus nossa indiferença este modo de viver,
a quem saiba responder se o permitem interrogo. No encontro com o Pai estaremos
vestidos ou não? Não me refiro a roupa d’alma ou aos trapos que utilizamos que
são como tudo o mais efémeros, bom será que vamos ao encontro do Senhor revestidos
de amor. Quem tem fé possivelmente dirá, o Pai acolheu o filho pródigo
arrependido de braços abertos fez e faz festa sempre que assim acontece,
convicto digo – É certo porque o Pai e sempre Pai é amor! Se o amor for
baluarte em nossa vida se andar de mão em mão em doação o mundo será um oásis.
Disse-nos Jesus – Amai-vos como Eu vos amei. Alerta - nos o Senhor mas
demoramos a amar vamos adiando até que chega a irmã morte no dizer de S.
Francisco, os que andam a trilhar a passerelle da vida são sempre
surpreendidos, um amigo que deixamos de
ver um ente querido exclamamos; não pode ser é mentira ontem ou hoje o vi até
falamos. Carpimos a dor a saudade fica em nós instalada com o passar do tempo
vai suavizando mas de quando em vez rola a lágrima salgada em nossa face como
onda do mar na praia. Há que aprender a amar aceitar-mos o outro com suas
limitações mesmo quando deparamos com um “fosso de víboras” que destilam veneno
contra nós, outra coisa não sabem fazer, será que estão carentes de amor…
Avaros esquecemos que paredes-meias
existem Lázaros a quem nem um sorriso damos!
Benjamim Carmo
Povoação, quinta-feira, 9 de fevereiro de
2017.
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