A sessão ordinária da Assembleia Municipal da Povoação aconteceu no passado dia 30 de Junho, no Auditório Municipal, onde esteve em discussão a prestação de contas do ano transato. O ponto mereceu a aprovação da maioria socialista, mas contou com os votos contra da bancada do PSD.
Nelson Furtado, deputado municipal do PSD, na sua intervenção disse existir “dúvidas sobre a gestão da autarquia e sobre os critérios de redistribuição de recursos financeiros". Considerou que as Juntas de Freguesias, legitimadas nas urnas, têm sido largamente desconsideradas, a receber MENOS do que várias instituição, existindo mesmo algumas que absorvem por si só, MAIS do que o somatório de TODAS as transferências para as freguesias do nosso concelho.
Disse ainda que ocorreu um AUMENTO da conta Fornecimento de Serviços Externos (2019 face a 2018) em 402 688 euros que corresponde a 37% NUM SÓ ANO. Isto contribuiu para ocorrer Resultados Operacionais NEGATIVOS e Resultados Correntes NEGATIVOS.
Realçou ainda que a taxa de execução de Plano Plurianual de Investimentos face ao valor orçamentado para 2019 é de 46% o que é manifestamente POUCO, apesar do valor apresentado pelo executivo ser outro, fruto das sucessivas alterações orçamentais.
Em declaração política, Dâmaso Vasconcelos criticou a "habitual postura e forma de fazer política" do presidente da câmara, acusando-o de fazer "insinuações falsas, desonestas e politiquices" relativamente uma alegada não preocupação do PSD com as causas sociais.
Disse que "o PSD Povoação tem votado favoravelmente todas as medidas sociais (bolsas de estudo, programas ocupacionais, redução IMI, apoios, transferências para as freguesias)".
Lembrou "que foi um executivo do PSD quem mais investiu na habitação social neste concelho, em todas as freguesias!" e questionou "Quantas casas destinadas a habitação social construíram os executivos socialistas nos últimos 10 anos?"
Referiu que a Câmara Municipal recentemente aprovou a entrada de um número exagerado de Técnicos Superiores nos seus quadros e que isso "é um verdadeiro assalto mensal ao orçamento municipal, da responsabilidade deste executivo e dos membros da Assembleia Municipal que aprovaram este absurdo".
Disse não reconhecer qualquer iniciativa a favor dos empresários deste concelho nos últimos 10 anos! "A nível de construção civil, que ocupava uma boa percentagem de povoacenses, o contributo deste executivo foi simplesmente o de competir com as empresas locais e ativa e deliberadamente diminuir o lucro destas, ao realizar muitas e muitas obras particulares com funcionários ao abrigo de programas sociais, sendo que algumas dessas obras deviam causar vergonha a alguns responsáveis políticos."
"A nível de turismo, que se calhar ainda vive muito à custa da promoção e iniciativas de outros executivos, volto a não reconhecer ao Sr. Presidente e a este executivo qualquer crédito num possível bom ou melhor momento, além de querer taxar os empresários com a famosa taxa turística! A iniciativa privada está entregue à sua sorte e a sua sorte é o resultado da capacidade, perseverança e investimento pessoal de cada empresário."
Referiu ser muito negativo para o desenvolvimento e futuro do município o facto de "a Câmara Municipal da Povoação ser a que pior utilização fez dos fundos comunitários desde 2015. Dos 7,8 milhões de euros a que tinha direito, candidatou obras no valor de apenas 2,5 milhões e ainda não aprovou qualquer obra".
Terminou considerando necessário "Mais habitação a preços justos, a definição clara de uma política cultural para a Povoação, a valorização da riqueza patrimonial, a transformação do concelho num destino turístico de proximidade e a melhoria das acessibilidades internas, da rede de transportes e do estacionamento são fulcrais para o futuro desta terra e dos nossos filhos."
PSD Povoação
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