Foto de: Um Olhar Povoacense |
Luís Diniz Pacheco nasceu a 20 de Julho de 1930 na Vila da Povoação e está hoje de Parabéns pela comemoração do seu aniversário, 90 anos de idade, homem simples e humilde, amante da sua terra, talentoso, habilidoso e portador de muito saber no que se refere ao antigamente, uma biblioteca viva.
Autor do livro Quadros da Povoação Álbum de Memórias da Minha Terra onde reproduz alguns dos muitos quadros que pintou, em óleo sobre a tela e outros materiais, que tornaram por tema vários trechos e ambientes da Povoação, a terra onde nasceu e sempre viveu.
Aos 16 anos começou a trabalhar como empregado de balcão no Café Jardim, nas suas horas vagas pintava cartazes para o cinema local em jeito de publicidade, desenhou e pintou muitos cenários para peças de teatro que se faziam na época na nossa vila, foi durante muitos anos pintor da construção civil, foi sacristão e contínuo do Externato Maria Isabel do Carmo Medeiros, foi restaurador de imagens, fez pintura e douramentos em igrejas da nossa ilha (Igreja do Senhor Santo Cristo dos Milagres, Ponta Garça, Achadinha, Faial da Terra e tantas outras…), e até da ilha de São Jorge.
O Povoacense Luís Diniz não teve qualquer tipo de instrução em matéria de artes plásticas, diz mesmo ter constituído uma “aventura” ter alcançado um patamar tão elevado. A arte de pintar aprendeu-a sozinho, com o tempo foi aperfeiçoando o seu talento, incentivado em muito pelos forasteiros que visitavam a nossa Vila da Povoação.
O nosso conterrâneo mestre Luís Diniz ao longo da sua vida apresentou trabalhos seus ao público em exposições oficiais. A primeira, no Museu Carlos Machado, em 1975. Luísa Athayd, então responsável pelo Museu, solicitou ao mestre Luís para descer à baixa e expor. Em 1986 expôs na Academia das Artes, a convite do jornal “Açoriano Oriental”. Expôs nos Estados Unidos, para a comunidade Portuguesa radicada em Massachussets. Expôs na inauguração do nosso Auditório Municipal.
Luís Dinis participou no programa da RTP – Açores, “Um artista” da autoria do jornalista Emanuel Carreiro, que deu a conhecer aos Açorianos o mundo dos nossos artistas – um mundo muito seu, muito especial, feito mais de sonhos do que de realidades e por isso mesmo geralmente hostil a irgerências estranhas. No entanto através desta série de reportagens essa gente desconhecida da maior parte do povo Açoriano e até uns dos ouros, deixou o anonimato a fim de que a região pudesse saber com quem podiam contar no campo das artes plásticas.
O certo é que este simples homem sem que desse por isso aos poucos foi ficando conhecido, aliás, muito conhecido, e, hoje, muitos dos seus quadros estão espalhados por todo o mundo nomeadamente, no Canadá, Estados Unidos da América, Bermudas, Brasil, e vários países da Europa.
Um orgulho da nossa terra que hoje completa a bonita idade de 90 anos e que Um Olhar Povoacense deseja-o Muitos Parabéns, que continue na nossa companhia por muitos mais anos, sempre rodeado de muitas alegrias e principalmente saúde.
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