Gargalhada só choro.
A bramar vive a fome
E quantos de mesa cheia
Sem partilha
Prato vazio d`amor
Temperado de lágrima
Vertida
Neste Natal!
Quanta dor, solidão
Campeia?
Abraço de frio
Chuva e vento
Treme a nudês.
Jejum
Mata a fome
Com sandes de fraqueza
O sem abrigo,
Irmão p`ra amar…
Neste Natal!
De luz sem amor
Emanuel
Sem mãe, pai
Sem pastores deslumbrados
Quem te dá a mão
Quem te olhe
Olhos nos olhos?
Solte amor coração
Neste Natal
Há lugar para mais um?!
Neste Natal!
Perdido no tempo
Neste Natal!
Benjamim Carmo
Povoação, quinta-feira, 22 de dezembro de 2016.
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