A
Eurodeputada Sofia Ribeiro interveio hoje, em sessão plenária de Estrasburgo,
no debate sobre a Análise Anual do Crescimento para 2017, a primeira fase do
processo de coordenação das políticas económicas e orçamentais dos
Estados-Membros ao nível da União Europeia, que considera urgente
"credibilizar" e ser “levado a sério nas suas múltiplas
dimensões"
Sofia
Ribeiro iniciou a sua intervenção criticando a Comissão Europeia de que este
processo não podia “servir exclusivamente para o debate político”, mas sim
“funcionar como um verdadeiro sistema de coordenação ao serviço das
populações”. A deputada social-democrata alertou para as mensagens
contraditórias a que União Europeia tem vindo a assistir, que aponta ser um dos
motivos pelo afastamento dos cidadãos das instituições europeias. “À
segunda-feira, os senhores anunciam sanções aos Estados-membros por incumprimento
de défice, mas à terça-feira levantam estas mesmas sanções, lavando as mãos das
suas responsabilidades; à quarta-feira elogiam o desempenho económico, mas na
quinta criticam as dívidas soberanas; à sexta e ao sábado andamos todos
enredados em projeções estatísticas”, ironizou.
A
Eurodeputada mostrou estar preocupada com “a falta de planeamento” e estratégia
europeia e com as suas principais vítimas: “são os desempregados, os mais
desfavorecidos e principalmente os nossos jovens que vão ser chamados a pagar
esta ausência de uma estratégia global, que apenas nos apresenta números
simpáticos a curto-prazo, pondo em causa o modelo social europeu”.
Nas
suas declarações finais, Sofia Ribeiro confessou temer pelo alcance das metas
2020, afirmando que necessitamos de “uma real coordenação dos indicadores
económicos e sociais, e investir na produtividade das nossas empresas, não numa
perspetiva do aumento do tempo de trabalho, mas na construção de formas novas e
inteligentes de trabalho, potenciando o seu capital humano”, finalizou a
Eurodeputada.
Terça-feira, 22 de novembro de 2016
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