Alguns
ao nascer trazem na pele uma marca que designamos de sinal, outros são marcados
na “passerelle da vida” como que a ferro quente o que é usual em alguns
animais.
Quando
nos sentimos marcados p’la vida fora interrogamo-nos – Para quem e porque
continuar a viver? Quando a solidão se instala em nós mais acentuada é a marca,
“somos afogados pela mágoa” não tendo quem ouça e nos console ao carpirmos a
dor. Marginalizados andamos ao acaso, se encontramos alguém fragilizado mais
carente do que nós surge um pouco de solidariedade, oferecemos esperança, e
alegria que não sentimos quando temos ganas de chorar, prosseguimos usando uma
máscara que não é nossa. Quando salta a lágrima parequedista que desliza em
nossa face disfarçamos porque nos dizem; é feio um homem chorar. A si próprio
se nega quem não sente em si a dor alheia, mais dizemos nós. Quem não se sente
não é filho de boa gente! Quantas vezes nos alcunham de volúveis e não só,
somos compuscardos alguém tem de ser o mau da fita. Graças a Deus que
encontramos na “passerelle da vida” bons samaritanos que nos fazem sair da
depressão da apatia da solidão. Agradeço a quantos me tem ajudado especialmente
a Sra Dra Joana Gago da Câmara.
Durante
anos ingeri medicação “como uma ave engole milho” para não enfrentar a dor a
vida hoje choro e sei rir de mim, deixei de me olhar e vejo os outros sem
miopia.
Benjamim
Carmo
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