A pesca era uma atividade que
suatentava, com dificuldade, a vida dos homens do mar, os “marítimos”, que em
geral tinham as suas casas à beira-mar. Alguns possuíam grandes embarcações de
boca-aberta, motorizadas, que reuniam uma numerosa companha. O primeiro barco
de pesca a motor pertenceu ao Senhor Abel Gonçalo, que foi um ativo e
respeitado “homem do mar”. Também ligado à atividade do mar poderemos mencionar
o nome de senhor António do Rego, durante vários anos mordomo das festas do
Espirito Santo da Vila. Era pai do senhor José do Rego, que desde muito jovem é
possuidor de carta de arrais. Esteve alguns anos emigrado no Canadá e foi
proprietário e mestre da embarcação Fátima Terra de Fé, que mandou construir
nos estaleiros de Santo António do Pico. Os “marítimos” tomavam parte muito
ativa nas festas do Espírito Santo, tendo sido por iniciativa dos homens do mar
que foi restaurado o Império ou Teatro do Espírito Santo, no Jardim Municipal.
Foi também a sua devoção que, por ocasião da celebração do primeiro centenário
da inauguração da Igreja Matriz, os levou fazer a oferta do andor em talha
dourada de Nossa Senhora Mãe de Deus, que entretanto já foi substituído. Eram
os “marítimos” quem transportava o andor, na procissão que se realiza no
primeiro domingo de setembro de cada ano, envergando opas azuis e brancas,
também estreadas naquela altura.
O PORTO NOVO
A rampa de varagem do Porto
Novo e o seu farolim eram únicas estruturas de apoio aos pescadores. A varagem
dos barcos era uma tarefa que se fazia a braços e com perícia, para, à ordem do
mestre da embarcação, aproveitar a maré favorável, quer para a entrada, quer
para a saída das embarcações no porto. Ao final da tarde era um espetáculo
assistir à saída dos vários barcos, com as suas companhas, para a faina durante
a noite.
O PORTO VELHO
No Porto Velho, puxar as redes de arrasto envolvia muita animação. A cena evoca a apanha de sardinha e petinga, que se fez em muita abundância, no ano de 1956. O quadro reproduz uma das fotografias tiradas na altura pelo Dr. Augusto Rosa Arnault que durante muitos anos viveu na Povoação, tendo sido director da Farmácia da Santa Casa da Misericórdia que funcionava nos baixos da casa das senhoras Batistas, onde hoje se encontra instalada uma agência do Montepio Geral.
No Porto Velho, puxar as redes de arrasto envolvia muita animação. A cena evoca a apanha de sardinha e petinga, que se fez em muita abundância, no ano de 1956. O quadro reproduz uma das fotografias tiradas na altura pelo Dr. Augusto Rosa Arnault que durante muitos anos viveu na Povoação, tendo sido director da Farmácia da Santa Casa da Misericórdia que funcionava nos baixos da casa das senhoras Batistas, onde hoje se encontra instalada uma agência do Montepio Geral.
Fonte/Fotos: Luís Dinis “Quadros
da Povoação Álbum de Memórias das Minha Terra”
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