Quando mergulha em locais rasos e
desconhecidos, pode bater com a cabeça no fundo ou em rochas. Pode partir ou
ficar com graves problemas no pescoço/coluna cervical e perder a mobilidade do
corpo para toda a vida.
A incidência predominante dos traumatismos vertebro medulares por
mergulho ocorre nas faixas etárias mais jovens, com 43 por cento dos acidentes
em jovens até aos 19 anos e 72 por cento se considerarmos os traumatizados até
aos 29 anos.
Os traumatismos vertebro medulares apresentam
taxas de morbilidade/mortalidade particularmente elevada em Portugal face ao
panorama europeu. As causas mais comuns são em primeiro lugar os acidentes de
viação seguido de outros para além do mergulho, as quedas, os traumatismos
relacionados com atividades desportivas/lazer.
Antes de mergulhar tente conhecer a
profundidade do local e certifique-se de que a água está livre de objetos
submersos; Não brinque enquanto estiver a mergulhar (saltar de cabeça para a
água); Não mergulhe a partir de rochas, das margens dos lagos, rios ou mar se
não conhecer bem a profundidade das águas nesse local.
O mergulho é mais seguro quando realizado em
piscinas apropriadas e supervisionadas, onde a profundidade é conhecida ou
noutros locais onde esse tipo de actividade seja permitida.
Como socorrer?
Para socorrer é
importante que tenha calma. Retire a pessoa da água com cuidado, mantendo o
corpo reto com a cabeça alinhada com o corpo e sem dobrar a coluna até chegar à
margem. A pessoa deverá ser transportada numa superfície rígida. Em qualquer
outra manobra que seja necessária por quem sabe prestar socorro a este tipo de
vitimas deve manter SEMPRE a imobilização e o alinhamento da coluna cervical e
portanto sem mexer o pescoço.
Ligue imediatamente
para o 112.
Artigo de Opinião
Prof. Doutor Jorge
Mineiro
Presidente da Sociedade
Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia
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