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sexta-feira, 12 de abril de 2013

TITANIC TIMELIME - OS ILUSTRES QUE EMBARCARAM, O FOGUEIRO QUE FUGIU E J. P. MORGAN, QUE DESISTIU À ÚLTIMA HORA


Na viagem inaugural do Titanic, algumas das mais importantes pessoas da época viajavam na primeira-classe. Entre elas estavam o milionário John Jacob Astor IV e sua esposa Madeleine Force Astor, industrial Benjamin Guggenheim, o dono da Macy's Isidor Strauss e sua esposa Ida, a milionária Margaret "Molly" Brown (conhecida mais tarde como "Inafundável Molly Brown" devido aos seus esforços para ajudar outros passageiros durante o naufrágio).

Sir Cosmo Duff-Gordon e sua esposa Lucy, Lady Duff-Gordon, George Dunton Widener com sua esposa Eleanor e seu filho Harry, jogador de criquete e empresário John Borland Thayer com sua esposa Marian e seu filho de 17 anos Jack, jornalista William Thomas Stead, a Condessa Noël Leslie, eram outros ilustres passageiros.

Juntava-se-lhes o assessor presidencial Archibald Butt, a escritora Helen Churchill Candee, o escritor Jacques Futrelle e sua esposa May, produtores Henry e Rene Harris, a atriz Dorothy Gibson, entre outros.

Viajavam ainda na primeira classe  o director da White Star Line, J. Bruce Ismay, e o construtor do navio, Thomas Andrews, que estava a bordo para observar qualquer problema e avaliar a performance geral do navio.

O banqueiro J. P. Morgan (na foto), estava agendado para viajar na viagem inaugural, porém cancelou no último minuto.

John Coffey, de 23 anos, esse ainda chegou a cumprir umas milhas, e sem bilhete. Tinha entrado para fogueiro no Titanic, mas saltou para fora do navio em Queenstown, escondendo-se num dos botes no meio das sacolas de cartas que estavam destinadas ao continente. Natural da cidade, ele provavelmente se juntou ao navio com essa intenção, mas mais tarde afirmou que o motivo da sua deserção radicara num mau presságio que havia tido. Mais tarde, Coffey juntou-se à tripulação do Mauretania.

Quanto a Morgan, morreu no ano seguinte.

Mas Theodore Roosevelt nem usou a “doçura” nem o “cacete” eficazmente durante a crise, apesar de dispor de uma regulação anti-trust no final de 1907 (conhecida pelo nome de Sherman Antitrust Act) e de se ter empenhado pessoalmente na campanha contra o monopólio do petróleo. O presidente vociferou contra os “predadores da riqueza”, mas, na realidade, Pierpont (J. P. Morgan) conseguiu reforçar o sistema financeiro e elevá-lo a um novo patamar na onda de financeirização que vinha de 1860. Em 1912, o comité da Câmara dos Deputados para os assuntos bancários e da moeda concluiria literalmente, no célebre relatório redigido por Arsene Pujo, que a finança americana (e as suas ramificações globais, começando pela City londrina) estava nas mãos de “um grupo muito restrito”.

Pierpont vencera a crise em Wall Street e segurara o poder da alta finança, mas a janela de oportunidade fechar-se-ia quando ele já se aproximava do fim. Fintou a morte em 1912 na viagem inaugural do Titanic – que era operado por uma companhia sua, a White Star Line – por ter decidido à última da hora não ir, mas o seu legado não escaparia em 1913 à vaga de legislação que o novo presidente, democrata, Woodrow Wilson, lançaria. Dessa onda reformadora sairia a criação da Reserva Federal (um banco central, designado abreviadamente por FED), a Federal Trade Commission, uma nova lei anti-trust e o imposto progressivo sobre rendimentos.

John Pierpont Morgan morreria nesse ano no luxuosíssimo Grand Hotel, na via del Corso, em Roma, distante da confusão de Washington ou de Wall Street. Tinha 75 anos vividos intensamente. Segundo próximos do magnata, o impacto das audições na comissão Pujo do Congresso em 1912, onde teve de comparecer, tinha sido “devastador” para ele.


Entretanto, a economia mundial avançava para o que Carlota Perez apelidou de “quarta onda” tecnológica, a do automóvel, do petróleo, da produção em massa e do ‘taylorismo’, e ainda da primeira guerra de tipo mundial (que começaria logo em 1914), da primeira revolução comunista com sucesso, e dos loucos anos 20 de Nova Iorque, a Paris, a Viena ou a Xangai. E, surpreendentemente, apesar da mão visível da FED e dos bancos centrais de outros países ricos e da euforia tecnológica, uma Grande Depressão voltaria a bater à porta de Wall Sreet menos de vinte e cinco anos depois de Morgan se ter revoltado na sua biblioteca da baixa nova-iorquina.

10 de Abril de 1912, 9:30 - Começa o embarque de passageiros

A 3 de Fevereiro de 1912, O Titanic deu entrada na Thompson Graving Dock, concluíram-se os acabamentos e iniciaram-se os testes de mar onde foram realizadas manobras para testes da embarcação e dos seus equipamentos.

No dia 2 de Abril partiu, sob o comando do Capitão Bartlett, para Southampton (a 570 milhas), o porto base para as viagens que começaria a realizar. Onde chegou na madrugada do dia 4 e iniciou o carregamento de carga e suprimentos, além de receber a bordo a maior parte da tripulação.

A embarcação ficou pronta para zarpar na sua viagem inaugural no dia 9 de Abril.

No dia 10 de Abril, às 07:30 tomou o comando o Capitão Edward J. Smith, antigo comandante da Olympic.

Este capitão tinha sido escolhido com cuidado. Era o mais experiente da companhia, em 35 anos de trabalho nunca sofrera nenhum acidente de maior. Era chamado o “capitão dos ricos” uma vez que era ele quem comandava os navios de luxo que transportavam milionários e famosos. Depois de 35 anos de trabalho esta seria a sua última viagem esperando-o uma merecida reforma!

Das 09:30 às 11:00 foi realizado o embarque dos passageiros das 2a. e 3a. classes. Os passageiros da 1a. classe embarcaram às 11:30.

Era meio-dia em ponto quando o Titanic soltou as amarras do cais número 44 da White Star Line no porto inglês de Southampton.

2208 pessoas entre passageiros e tripulantes viajaram a bordo do maior navio do mundo que efectuava a sua viagem inaugural. Ironicamente esta seria a sua primeira e última viagem.

O Titanic partiu sendo levado por rebocadores para fora do porto. Um incidente ocorreu quando o Titanic já navegando pelos seus próprios meios passou próximo da embarcação New York. A deslocação da água que o seu movimento provocou fez com que as amarras da outra embarcação se quebrassem e a popa da mesma fosse na sua direcção. Graças a uma rápida intervenção da tripulação da New York a colisão foi evitada por apenas 2 metros.

Depois de saído do porto de Southampton, o Titanic dirigiu-se ao porto francês de Cherbourg ancorando na sua doca, já que um navio tão grande não cabia no interior do porto.

Centenas disputam um lugar para trabalhar no transatlântico

6 de Abril, Sábado É iniciado o embarque da carga e o recrutamento da tripulação. Devido ao alto desemprego causado pela greve do carvão centenas buscam serviço a bordo para trabalhar como mão de obra braçal, a grande maioria proveniente de Southampton, embora alguns venham de outras localidades como Londres, Liverpool e Belfast.

Ao final do dia quase toda a tripulação operacional já está recrutada. A carga de carvão é embarcada pelas portas laterais. O Titanic chegou com 1.880 toneladas a bordo, sendo adicionadas mais 4.012 toneladas, a grande maioria provenientes de outros navios da White Star Line, uma vez que a greve do carvão, que terminara neste dia, não permitiu que fosse trazido carvão suficiente para o Titanic.

7 de Abril de 1912, Domingo de Páscoa O Titanic está no ancoradouro 44, o qual junto com o ancoradouro 43, foi dragado até 12,19 metros de profundidade. Estes ancoradouros vêm sendo utilizados pela White Star Line desde 1907, servindo especialmente para os grandes vapores como o Titanic e o Olympic.

8 de Abril, Segunda-feira Os materiais da despensa e suprimentos de comida chegam de comboio e são embarcados e armazenados nos refrigeradores e armazéns à frente do convés G. Vários detalhes de última hora e problemas percebidos durante a viagem de Belfast a Southampton são revistos por Thomas Andrews, que regressa aos escritórios locais da Harland & Wolff às 18:30 para dar andamento a alguns processos burocráticos.

Na foto de topo: Uma sala de caldeiras de um navio da mesma época em que o Titanic foi construído. A imagem mostra as condições de trabalho da "gangue negra", os trabalhadores que alimentavam as fornalhas.

Navio inspeccionado por dois comandantes

9 de Abril, Terça-feira Último dia do Titanic em Southampton e ainda se embarcam suprimentos de comida. O navio é inspeccionado pelo Capitão Clark, da Câmara do Comércio. Também é feita uma inspecção pelo Capitão E. J. Smith, que até então estivera no comando do Olympic, e desfrutava de grande confiança por parte da White Star Line.

A viagem com o Titanic seria sua última a antes de se reformar. Durante a inspecção é fotografado enquanto visitava a ponte, sendo esta a sua única foto na ponte do TITANIC . À excepção do comandante , todos os outros oficiais passam a noite a bordo.

A viagem para o inferno começaria algumas horas depois.

25 de Março a 5 de Abril de 1912 - Preparativos para a partida

25 de Março Os botes salva-vidas são testados: colocados para fora, descidos, levantados e colocados no lugar novamente.

31 de Março Faltando alguns detalhes menores, o Titanic está praticamente completo. Embora igual ao Olympic, o Titanic possui mais suítes e algumas modificações estruturais que o tornam mais pesado que o seu "irmão". Agora é o maior navio do mundo. Algumas de suas instalações para os ricos passageiros da época incluem seu ginásio, sua quadra de squash, seu banho turco, seu café parisiense e a sua piscina, a primeira em um navio. 1 de Abril As provas no mar são adiadas devido a fortes ventos.

2 de Abril 6:00 Saindo do Victoria Channel com o auxilio de rebocadores em direção ao largo de Belfast, o Titanic inicia seus testes no mar. Todos os equipamentos são testados. Velocidade e manobrabilidade são testados, incluindo testes de manobras de parada-largada e curvas. É testada a capacidade de parada total a partir de 20 nós.

14:00 Testes de corrida são realizados. Durante duas horas o Titanic navega em mar aberto percorrendo uma distância de 74 km aproximadamente pelo Mar da Irlanda. Sua velocidade média é de 18 nós.

18:00 O Titanic está de volta à Belfast. Todos os testes exigidos foram feitos e ele é considerado pronto para navegar. As provas duram menos de um dia.
20:00 Sob o comando do Capitão Bartlett, o Titanic parte em viagem noturna para Southampton, seu porto de embarque à 1.200 km de distância. Representando a Harland & Wolff, Thomas Andrews parte com o Titanic

3 de Abril O Titanic chega a Southampton de madrugada logo após a meia noite para iniciar os procedimento de aprovisionamento e contratação de pessoal.

5 de Abril, Sexta-feira Santa O Titanic é oficialmente nomeado e, pela única vez, enfeitado com bandeiras para saudar as pessoas da cidade.

ALGUNS PASSAGEIROS TINHAM CHEGADO DE PARIS, NESSA TARDE

Depois de ter deixado Southampton, o Titanic dirigiu-se ao porto francês de Cherbourg, ancorando na sua doca, já que um navio tão grande não cabia no interior do porto.

Chegou às 18:35, partiu hora e meia depois.

Desembarcaram 15 passageiros, embarcaram 281. Alguns haviam chegado de Paris já durante a tarde, trazidos pelo comboio "New York Express".

Cherbourg oferece aos visitantes uma exposição sobre o transatlântico.











Fonte: NewsLetter Portos de Portugal
Fotos: Google imagens











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