Na viagem inaugural do
Titanic, algumas das mais importantes pessoas da época viajavam na
primeira-classe. Entre elas estavam o milionário John Jacob Astor IV e sua esposa
Madeleine Force Astor, industrial Benjamin Guggenheim, o dono da Macy's Isidor
Strauss e sua esposa Ida, a milionária Margaret "Molly" Brown
(conhecida mais tarde como "Inafundável Molly Brown" devido aos seus
esforços para ajudar outros passageiros durante o naufrágio).
Sir Cosmo Duff-Gordon e
sua esposa Lucy, Lady Duff-Gordon, George Dunton Widener com sua esposa Eleanor
e seu filho Harry, jogador de criquete e empresário John Borland Thayer com sua
esposa Marian e seu filho de 17 anos Jack, jornalista William Thomas Stead, a
Condessa Noël Leslie, eram outros ilustres passageiros.
Juntava-se-lhes o assessor
presidencial Archibald Butt, a escritora Helen Churchill Candee, o escritor
Jacques Futrelle e sua esposa May, produtores Henry e Rene Harris, a atriz
Dorothy Gibson, entre outros.
Viajavam ainda na primeira
classe o director da White Star Line, J.
Bruce Ismay, e o construtor do navio, Thomas Andrews, que estava a bordo para
observar qualquer problema e avaliar a performance geral do navio.
O banqueiro J. P. Morgan
(na foto), estava agendado para viajar na viagem inaugural, porém cancelou no
último minuto.
John Coffey, de 23 anos,
esse ainda chegou a cumprir umas milhas, e sem bilhete. Tinha entrado para
fogueiro no Titanic, mas saltou para fora do navio em Queenstown, escondendo-se
num dos botes no meio das sacolas de cartas que estavam destinadas ao
continente. Natural da cidade, ele provavelmente se juntou ao navio com essa
intenção, mas mais tarde afirmou que o motivo da sua deserção radicara num mau
presságio que havia tido. Mais tarde, Coffey juntou-se à tripulação do
Mauretania.
Quanto a Morgan, morreu no
ano seguinte.
Mas Theodore Roosevelt nem
usou a “doçura” nem o “cacete” eficazmente durante a crise, apesar de dispor de
uma regulação anti-trust no final de 1907 (conhecida pelo nome de Sherman
Antitrust Act) e de se ter empenhado pessoalmente na campanha contra o
monopólio do petróleo. O presidente vociferou contra os “predadores da
riqueza”, mas, na realidade, Pierpont (J. P. Morgan) conseguiu reforçar o
sistema financeiro e elevá-lo a um novo patamar na onda de financeirização que
vinha de 1860. Em 1912, o comité da Câmara dos Deputados para os assuntos
bancários e da moeda concluiria literalmente, no célebre relatório redigido por
Arsene Pujo, que a finança americana (e as suas ramificações globais, começando
pela City londrina) estava nas mãos de “um grupo muito restrito”.
Pierpont vencera a crise
em Wall Street e segurara o poder da alta finança, mas a janela de oportunidade
fechar-se-ia quando ele já se aproximava do fim. Fintou a morte em 1912 na
viagem inaugural do Titanic – que era operado por uma companhia sua, a White
Star Line – por ter decidido à última da hora não ir, mas o seu legado não
escaparia em 1913 à vaga de legislação que o novo presidente, democrata,
Woodrow Wilson, lançaria. Dessa onda reformadora sairia a criação da Reserva
Federal (um banco central, designado abreviadamente por FED), a Federal Trade
Commission, uma nova lei anti-trust e o imposto progressivo sobre rendimentos.
John Pierpont Morgan
morreria nesse ano no luxuosíssimo Grand Hotel, na via del Corso, em Roma,
distante da confusão de Washington ou de Wall Street. Tinha 75 anos vividos
intensamente. Segundo próximos do magnata, o impacto das audições na comissão
Pujo do Congresso em 1912, onde teve de comparecer, tinha sido “devastador”
para ele.
Entretanto, a economia
mundial avançava para o que Carlota Perez apelidou de “quarta onda”
tecnológica, a do automóvel, do petróleo, da produção em massa e do
‘taylorismo’, e ainda da primeira guerra de tipo mundial (que começaria logo em
1914), da primeira revolução comunista com sucesso, e dos loucos anos 20 de
Nova Iorque, a Paris, a Viena ou a Xangai. E, surpreendentemente, apesar da mão
visível da FED e dos bancos centrais de outros países ricos e da euforia
tecnológica, uma Grande Depressão voltaria a bater à porta de Wall Sreet menos
de vinte e cinco anos depois de Morgan se ter revoltado na sua biblioteca da
baixa nova-iorquina.
10 de Abril de 1912, 9:30
- Começa o embarque de passageiros
A 3 de Fevereiro de 1912,
O Titanic deu entrada na Thompson Graving Dock, concluíram-se os acabamentos e
iniciaram-se os testes de mar onde foram realizadas manobras para testes da
embarcação e dos seus equipamentos.
No dia 2 de Abril partiu,
sob o comando do Capitão Bartlett, para Southampton (a 570 milhas), o porto
base para as viagens que começaria a realizar. Onde chegou na madrugada do dia
4 e iniciou o carregamento de carga e suprimentos, além de receber a bordo a
maior parte da tripulação.
A embarcação ficou pronta
para zarpar na sua viagem inaugural no dia 9 de Abril.
No dia 10 de Abril, às
07:30 tomou o comando o Capitão Edward J. Smith, antigo comandante da Olympic.
Este capitão tinha sido
escolhido com cuidado. Era o mais experiente da companhia, em 35 anos de
trabalho nunca sofrera nenhum acidente de maior. Era chamado o “capitão dos
ricos” uma vez que era ele quem comandava os navios de luxo que transportavam
milionários e famosos. Depois de 35 anos de trabalho esta seria a sua última
viagem esperando-o uma merecida reforma!
Das 09:30 às 11:00 foi
realizado o embarque dos passageiros das 2a. e 3a. classes. Os passageiros da
1a. classe embarcaram às 11:30.
Era meio-dia em ponto
quando o Titanic soltou as amarras do cais número 44 da White Star Line no
porto inglês de Southampton.
2208 pessoas entre
passageiros e tripulantes viajaram a bordo do maior navio do mundo que
efectuava a sua viagem inaugural. Ironicamente esta seria a sua primeira e
última viagem.
O Titanic partiu sendo
levado por rebocadores para fora do porto. Um incidente ocorreu quando o
Titanic já navegando pelos seus próprios meios passou próximo da embarcação New
York. A deslocação da água que o seu movimento provocou fez com que as amarras
da outra embarcação se quebrassem e a popa da mesma fosse na sua direcção. Graças
a uma rápida intervenção da tripulação da New York a colisão foi evitada por
apenas 2 metros.
Depois de saído do porto
de Southampton, o Titanic dirigiu-se ao porto francês de Cherbourg ancorando na
sua doca, já que um navio tão grande não cabia no interior do porto.
Centenas disputam um lugar para trabalhar no
transatlântico
6 de Abril, Sábado É
iniciado o embarque da carga e o recrutamento da tripulação. Devido ao alto
desemprego causado pela greve do carvão centenas buscam serviço a bordo para
trabalhar como mão de obra braçal, a grande maioria proveniente de Southampton,
embora alguns venham de outras localidades como Londres, Liverpool e Belfast.
Ao final do dia quase toda
a tripulação operacional já está recrutada. A carga de carvão é embarcada pelas
portas laterais. O Titanic chegou com 1.880 toneladas a bordo, sendo
adicionadas mais 4.012 toneladas, a grande maioria provenientes de outros
navios da White Star Line, uma vez que a greve do carvão, que terminara neste
dia, não permitiu que fosse trazido carvão suficiente para o Titanic.
7 de Abril de 1912,
Domingo de Páscoa O Titanic está no ancoradouro 44, o qual junto com o
ancoradouro 43, foi dragado até 12,19 metros de profundidade. Estes
ancoradouros vêm sendo utilizados pela White Star Line desde 1907, servindo
especialmente para os grandes vapores como o Titanic e o Olympic.
8 de Abril, Segunda-feira
Os materiais da despensa e suprimentos de comida chegam de comboio e são
embarcados e armazenados nos refrigeradores e armazéns à frente do convés G.
Vários detalhes de última hora e problemas percebidos durante a viagem de
Belfast a Southampton são revistos por Thomas Andrews, que regressa aos
escritórios locais da Harland & Wolff às 18:30 para dar andamento a alguns
processos burocráticos.
Na foto de topo: Uma sala
de caldeiras de um navio da mesma época em que o Titanic foi construído. A
imagem mostra as condições de trabalho da "gangue negra", os
trabalhadores que alimentavam as fornalhas.
Navio inspeccionado por dois comandantes
9 de Abril, Terça-feira
Último dia do Titanic em Southampton e ainda se embarcam suprimentos de comida.
O navio é inspeccionado pelo Capitão Clark, da Câmara do Comércio. Também é
feita uma inspecção pelo Capitão E. J. Smith, que até então estivera no comando
do Olympic, e desfrutava de grande confiança por parte da White Star Line.
A viagem com o Titanic
seria sua última a antes de se reformar. Durante a inspecção é fotografado
enquanto visitava a ponte, sendo esta a sua única foto na ponte do TITANIC . À
excepção do comandante , todos os outros oficiais passam a noite a bordo.
A viagem para o inferno
começaria algumas horas depois.
25 de Março Os botes
salva-vidas são testados: colocados para fora, descidos, levantados e colocados
no lugar novamente.
31 de Março Faltando
alguns detalhes menores, o Titanic está praticamente completo. Embora igual ao
Olympic, o Titanic possui mais suítes e algumas modificações estruturais que o
tornam mais pesado que o seu "irmão". Agora é o maior navio do mundo.
Algumas de suas instalações para os ricos passageiros da época incluem seu
ginásio, sua quadra de squash, seu banho turco, seu café parisiense e a sua
piscina, a primeira em um navio. 1 de Abril As provas no mar são adiadas devido
a fortes ventos.
2 de Abril 6:00 Saindo do Victoria
Channel com o auxilio de rebocadores em direção ao largo de Belfast, o Titanic
inicia seus testes no mar. Todos os equipamentos são testados. Velocidade e
manobrabilidade são testados, incluindo testes de manobras de parada-largada e
curvas. É testada a capacidade de parada total a partir de 20 nós.
14:00 Testes de corrida
são realizados. Durante duas horas o Titanic navega em mar aberto percorrendo
uma distância de 74 km aproximadamente pelo Mar da Irlanda. Sua velocidade
média é de 18 nós.
18:00 O Titanic está de
volta à Belfast. Todos os testes exigidos foram feitos e ele é considerado
pronto para navegar. As provas duram menos de um dia.
20:00 Sob o comando do
Capitão Bartlett, o Titanic parte em viagem noturna para Southampton, seu porto
de embarque à 1.200 km de distância. Representando a Harland & Wolff,
Thomas Andrews parte com o Titanic
3 de Abril O Titanic chega
a Southampton de madrugada logo após a meia noite para iniciar os procedimento
de aprovisionamento e contratação de pessoal.
5 de Abril, Sexta-feira
Santa O Titanic é oficialmente nomeado e, pela única vez, enfeitado com
bandeiras para saudar as pessoas da cidade.
Depois de ter deixado
Southampton, o Titanic dirigiu-se ao porto francês de Cherbourg, ancorando na
sua doca, já que um navio tão grande não cabia no interior do porto.
Chegou às 18:35, partiu
hora e meia depois.
Desembarcaram 15
passageiros, embarcaram 281. Alguns haviam chegado de Paris já durante a tarde,
trazidos pelo comboio "New York Express".
Cherbourg oferece aos
visitantes uma exposição sobre o transatlântico.
Fonte: NewsLetter Portos de
Portugal
Fotos: Google imagens
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