O
tempo passa a uma velocidade impressionante e quando damos por isso muita coisa
ficou por fazer ou dizer. Neste propósito venho hoje aqui recordar com imensa
saudade um ribeiraquentense que muito me marcou, trata-se do Sr. José Joaquim
Cidade com quem tive o prazer e a honra de trabalhar durante dois anos e meio
no Café Paz, hoje loja dos chineses, ali bem no centro da Vila da Povoação, no
Largo D. João I.
Falar
deste senhor natural da pacata freguesia da Ribeira Quente é coisa que faço com
enorme alegria e saudade. Saudade porque este homem portador de um enorme
coração já partiu, e, partiu, de uma forma inesperada, um ataque fulminante do
coração traiu-o.
Convivi
durante dois anos e meio de muito perto com este grande senhor da Ribeira
Quente a trabalhar no Café Paz, isso a partir dos anos 90, portanto já lá vão
23 anos. Lembro-me como se fosse hoje de todo o processo do início de
reabertura do Café Paz, da sua total remodelação e como o Sr. José Joaquim com
as suas ideias novas e arrojadas conseguiu inovar aquele espaço. O Sr. José
Joaquim além as suas ideias e princípios colhia opiniões de amigos e pessoas
com experiência no ramo, pois lembro-me do Américo Gonçalo Freitas incutir algumas
ideias que o Sr. José Joaquim acolheu, do Mestre Maia da Lomba do Loução,
carpinteiro executante da renovação do Café Paz, também ele foi importante com
as suas ideias e saber, bem como a opinião dos proprietários dos
estabelecimentos circundantes do mesmo ramo, José Branco, Carlos Alberto, todos
amigos uns dos outros e com uma convivência excecional.
O
Café Paz reabriu as suas portas ao público em 1990 e logo foi uma novidade na
comunidade local, coisa normal quando surge algo novo. O Sr. José Joaquim tinha
muitos amigos, colhia a simpatia das pessoas, era um homem muito bem disposto e
brincalhão, andava sempre com um sorriso enorme, era portador de uma delicadeza
exemplar, homem do povo, simples, humilde, ternurento, amigo, meigo, de trato
fácil e muito honesto.
Hoje
venho aqui recordar este homem, porque aquelas pessoas que nos marcam jamais se
esquecem e o Sr. José Joaquim Cidade é uma delas. O tempo que convivi com tão
nobre pessoa será sempre relembrado com enorme saudade, pois desde o seu falecimento
a 4 de Fevereiro de 1993 sempre que vou à Ribeira Quente lembro-me do Sr. José
Joaquim Cidade e dos bons tempos de convivência. Foi um enorme choque receber a
triste notícia do seu falecimento, ainda para mais, horas antes tínhamos dito
um ao outro o habitual até amanhã, um amanhã que não mais chegou para o Sr.
José Joaquim que apôs o jantar se sentiu mal e que ainda recebeu o auxílio do
seu amigo Carlos Moniz (Chamiça), numa tentativa em vão de reanimação.
Recordar
é viver e vivo uma felicidade enorme quando recordo aqueles momentos marcantes
de outrora. Um amigo jamais parte para sempre, porque embora tenha ido ao
encontro do Senhor, como é a lei da vida, para quem fica continua com a sua
presença espiritual bem ativa e vincada.
Até
um dia amigo José Joaquim!
Pedro Damião Ponte
Pedro Damião Ponte
parabéns pela justa homenagem que fizeste a este grande homem que era sempre de grande simpatia.
ResponderEliminarObrigado por este artigo. Foi bonito de se ler.
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