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domingo, 28 de abril de 2013

JOSÉ JOAQUIM CIDADE UM RIBEIRAQUENTENSE QUE DEIXA MUITA SAUDADE


O tempo passa a uma velocidade impressionante e quando damos por isso muita coisa ficou por fazer ou dizer. Neste propósito venho hoje aqui recordar com imensa saudade um ribeiraquentense que muito me marcou, trata-se do Sr. José Joaquim Cidade com quem tive o prazer e a honra de trabalhar durante dois anos e meio no Café Paz, hoje loja dos chineses, ali bem no centro da Vila da Povoação, no Largo D. João I.

Falar deste senhor natural da pacata freguesia da Ribeira Quente é coisa que faço com enorme alegria e saudade. Saudade porque este homem portador de um enorme coração já partiu, e, partiu, de uma forma inesperada, um ataque fulminante do coração traiu-o.

Convivi durante dois anos e meio de muito perto com este grande senhor da Ribeira Quente a trabalhar no Café Paz, isso a partir dos anos 90, portanto já lá vão 23 anos. Lembro-me como se fosse hoje de todo o processo do início de reabertura do Café Paz, da sua total remodelação e como o Sr. José Joaquim com as suas ideias novas e arrojadas conseguiu inovar aquele espaço. O Sr. José Joaquim além as suas ideias e princípios colhia opiniões de amigos e pessoas com experiência no ramo, pois lembro-me do Américo Gonçalo Freitas incutir algumas ideias que o Sr. José Joaquim acolheu, do Mestre Maia da Lomba do Loução, carpinteiro executante da renovação do Café Paz, também ele foi importante com as suas ideias e saber, bem como a opinião dos proprietários dos estabelecimentos circundantes do mesmo ramo, José Branco, Carlos Alberto, todos amigos uns dos outros e com uma convivência excecional.  

O Café Paz reabriu as suas portas ao público em 1990 e logo foi uma novidade na comunidade local, coisa normal quando surge algo novo. O Sr. José Joaquim tinha muitos amigos, colhia a simpatia das pessoas, era um homem muito bem disposto e brincalhão, andava sempre com um sorriso enorme, era portador de uma delicadeza exemplar, homem do povo, simples, humilde, ternurento, amigo, meigo, de trato fácil e muito honesto.

Hoje venho aqui recordar este homem, porque aquelas pessoas que nos marcam jamais se esquecem e o Sr. José Joaquim Cidade é uma delas. O tempo que convivi com tão nobre pessoa será sempre relembrado com enorme saudade, pois desde o seu falecimento a 4 de Fevereiro de 1993 sempre que vou à Ribeira Quente lembro-me do Sr. José Joaquim Cidade e dos bons tempos de convivência. Foi um enorme choque receber a triste notícia do seu falecimento, ainda para mais, horas antes tínhamos dito um ao outro o habitual até amanhã, um amanhã que não mais chegou para o Sr. José Joaquim que apôs o jantar se sentiu mal e que ainda recebeu o auxílio do seu amigo Carlos Moniz (Chamiça), numa tentativa em vão de reanimação.                

Recordar é viver e vivo uma felicidade enorme quando recordo aqueles momentos marcantes de outrora. Um amigo jamais parte para sempre, porque embora tenha ido ao encontro do Senhor, como é a lei da vida, para quem fica continua com a sua presença espiritual bem ativa e vincada.

Até um dia amigo José Joaquim!

Pedro Damião Ponte

2 comentários:

  1. parabéns pela justa homenagem que fizeste a este grande homem que era sempre de grande simpatia.

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  2. Obrigado por este artigo. Foi bonito de se ler.

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