É esta a capa
que será usada pelo Senhor Santo Cristo dos Milagres nas Grandes Festas de
2018. Vai ser usada pela 4ª vez desde 2000, ano em que foi oferecida por um
emigrante residente nos Estados Unidos da América.
Numa
conferência de imprensa para divulgar a capa escolhida para cobrir a imagem do
“Ecce Homo”, oferecida às freiras Clarissas pelo papa Paulo III há mais de 400
anos, o reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, Adriano
Borges, explicou que "a capa não é nova e é a quarta vez que sai na
imagem, e foi oferecida pelo emigrante José António Tavares Estrela, da Ribeira
Grande".
"Trata-se
de uma capa em veludo feita na Cooperativa Nossa Senhora da Paz, em Vila Franca
do Campo, enquanto que no convento as religiosas colocaram as joias",
sublinhou, acrescentando a capa "tem mais de 700 diamantes".
Adriano Borges
sublinhou que esta é "uma capa icónica", porque foi uma oferta
"aquando das comemorações dos 300 anos da primeira procissão".
O reitor do
Santuário frisou ainda a importância dos órgãos de comunicação social para a
difusão da fé de "forma verdadeira e real" e pediu para que no
Santuário haja "um verdadeiro espírito de fé e devoção".
O bispo de
Angra, João Lavrador, destacou a dimensão da festa do Senhor Santo Cristo,
festividades religiosas que se "espalham pelo mundo com uma marca de
profundidade do que é a verdadeira fé cristã".
“Estamos
perante um acontecimento aparentemente sociológico, outros são capazes de o ver
numa ótica da psicologia e de querer analisar este fenómeno na ordem da
psicologia social. Outros veem-no atualmente num sentido religioso periférico”,
sustentou, lembrando a mensagem do papa sobre a comunicação social, apelando à
colocação da verdade na difusão noticiosa.
Na apresentação
da capa escolhida para a procissão que percorre as ruas da cidade de Ponta
Delgada na tarde de domingo, o provedor da Irmandade do Santo Cristo, Carlos
Faria e Maia, lembrou que este ano as festividades são presididas pelo Cardeal Patriarca
de Lisboa, D. Manuel de Clemente.
Carlos Faria e
Maia referiu-se ainda à movimentação e azáfama que por estes dias se vive no
Campo de São Francisco e ruas adjacentes.
O ponto alto
dos festejos, que terminam no dia 10 (quinta-feira), é a procissão de domingo,
que se realiza desde 1700 no quinto domingo depois da Páscoa, percorrendo as
ruas da cidade com uma imagem do “Ecce Homo”.
Na madrugada de
domingo, como é tradição, a imagem sai da Igreja do Santuário para a Igreja de
S. José, um espaço maior que permite receber os milhares de peregrinos em
vigília.
O programa
integra também na manhã de domingo uma solene celebração eucarística no adro do
Santuário com a presença da imagem.
Mas, na tarde
de sábado, os peregrinos incorporam-se também na procissão da Mudança da Imagem
do Santo Cristo, do Coro Baixo do Convento da Esperança para a igreja anexa,
cumprindo um trajeto à volta do Campo de São Francisco.
Antes, na manhã
de sábado, os peregrinos percorrem descalços e muitos de joelhos o Campo de S.
Francisco, no cumprimento de promessas ao Santo Cristo dos Milagres.
Fonte: Jornal
Açoriano Oriental
Povoação,
sexta-feira, 4 de maio de 2018.
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