A
Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo, através da Direção Regional
do Ambiente, promove, a 2 e 3 de fevereiro, em todo o arquipélago, a realização
de um conjunto alargado de atividades de sensibilização e educação ambiental
integradas nas comemorações do Dia Mundial das Zonas Húmidas.
A
Junta Regional dos Açores do Corpo Nacional de Escutas associou-se a estas
comemorações, promovendo a realização de uma atividade internacional denominada
“Trees for the World — Árvores para o Mundo”, que visa a plantação de árvores e
incentivar a realização de ações ligadas à proteção da floresta autóctone.
Por
seu lado, os Parques Naturais dinamizam, entre 2 e 4 de fevereiro, diversas
ações sob o tema internacional “Zonas Húmidas para um Futuro Urbano
Sustentável”, nomeadamente passeios e atividades desportivas nestas áreas, mas
também sessões informativas, de modo a transmitir aos participantes a
importância das zonas húmidas classificadas para o equilíbrio dos ecossistemas.
As
zonas húmidas são os ecossistemas mais ricos e produtivos do mundo em termos de
diversidade biológica, onde a água é o elemento estruturante, sendo fundamental
a sua proteção e gestão adequada, por serem locais muito sensíveis e que se
encontram gravemente ameaçados a nível mundial pela poluição, urbanização,
industrialização, intensificação da agricultura, pesca, piscicultura, caça
ilegal e turismo insustentável, entre outras.
Nos
Açores, as zonas húmidas, para além de serem a essência de parte significativa
dos 'ex-líbris' paisagísticos do arquipélago e, portanto, fundamentais no
panorama turístico regional, estão também associadas a relevantes processos
naturais relacionados com a retenção de recursos hídricos e a prevenção de
cheias e derrocadas, pelo que se considera de grande relevância o envolvimento
das populações locais na conservação destes habitats.
Entre
as zonas húmidas existentes nos Açores, foram oficialmente designadas 13 zonas classificadas
como Zonas Húmidas de Importância Internacional pela Convenção Ramsar,
nomeadamente o Caldeirão do Corvo, Planalto Central das Flores (Morro Alto),
Caldeira do Faial, Planalto Central do Pico (Achada), Planalto Central de São
Jorge (Pico da Esperança), Fajãs das Lagoas de Santo Cristo e dos Cubres de São
Jorge, Caldeira da Graciosa (Furna do Enxofre), Planalto Central da Terceira
(Furnas do Enxofre e Algar do Carvão), Paul da Praia da Vitória, Complexo Vulcânico das Furnas, Complexo
Vulcânico das Sete Cidades, Complexo Vulcânico do Fogo e Ilhéus das Formigas e
Recife Dollabarat com uma área total de aproximadamente 13 mil hectares.
Com
a exceção do Paul da Praia da Vitória, estes sítios encontram-se inseridos na
Rede de Áreas Protegidas dos Açores e são geridos pela Direção Regional do
Ambiente, através dos Parques Naturais de Ilha.
GaCS/HMB
Povoação, quarta-feira, 31 de janeiro de 2018.
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