A
eurodeputada Sofia Ribeiro assinou esta terça-feira, 5 de abril, uma declaração
sobre a prevenção de sismos, uma das catástrofes naturais mais comuns
registadas nos Açores e na Europa. A declaração foi assinada no Parlamento
Europeu, em Bruxelas, e insta a Comissão Europeia a dar um novo impulso à
prevenção e investigação de sismos, no âmbito do actual Programa Horizonte
2020.
Segundo
Sofia Ribeiro "apoiei desde a primeira hora esta declaração escrita que
visa o aumento das iniciativas de apoio à investigação na área da sismologia,
com o objectivo de melhorar a previsão probabilística e os estudos de
vulnerabilidade dos solos e dos edifícios. Paralelamente esta ação pretende
ainda aplicar corretamente os planos de emergência e levar a cabo campanhas educativas,
a fim de minorar os riscos sísmicos no arquipélago e na Europa".
Para
a Eurodeputada "muito tem sido feito na nossa Região, é certo, mas também
não podemos esquecer que a história dos Açores é fortemente marcada por estas
catástrofes. Basta lembrar-nos da madrugada do dia 9 de julho de 1998, em que
foi escrito um dos capítulos mais dramáticos do arquipélago: um sismo que
atingiu as ilhas do Faial, Pico e São Jorge, provocando uma onda de destruição,
9 mortos, mais de uma centena de feridos e milhares de desalojados. Ou o sismo
de 1 de Janeiro de 1980, na ilha Terceira, com a destruição massiva por todos
conhecida."
Ainda
hoje, em muitas cidades europeias expostas a um elevado risco sísmico, grande
parte da população vive em edifícios que não cumprem as mais recentes normas de
resistência a estas catástrofes. Só entre 1975 e 2010, ocorreram na Europa
cerca de 20% dos sismos mais devastadores registados à escala mundial. Neste
período de 35 anos, os sismos causaram mais de 62 mil mortos só na zona do Mediterrâneo,
para além de terem alcançado prejuízos no valor de 111 mil milhões de euros.
Após
a assinatura, Sofia Ribeiro afirmou que "por tudo isto, e porque acredito
que este é um assunto que está esquecido pelas entidades competentes, julgo ser
de enorme importância que a União Europeia dê mais atenção a estes aspectos,
investindo na investigação, mas também no treino das populações e precisamos de
perceber que em certas regiões, como é o caso dos Açores, a ameaça é constante.
Se conseguirmos que esta actividade conte com o apoio da União Europeia, ainda
melhor. É por isto que apoio esta iniciativa."
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