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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

EXPLORAÇÃO DAS CALDEIRAS DA LAGOA DAS FURNAS COM PREJUÍZO DE €42.016.48 NOS PRIMEIROS 6 MESES

Face aos números triunfalmente apresentados pelo presidente da câmara da Povoação, vem a Associação Empresarial das Furnas esclarecer o seguinte:

De acordo com os números da própria câmara da Povoação (ver anexo), o custo mensal da gestão e exploração das caldeiras da lagoa das Furnas ascende a €15.586.08, representando nestes 6 meses um valor total de €93.516.48;

A considerar-se como verdadeiro o total de entradas de 103 mil pessoas, a câmara da Povoação arrecadou um total de €51.500.00, a que corresponde um resultado líquido negativo de €42.016.48 (€51.500.00-€93.516.48=€42.016.48);

Foram propositadamente omitidos os números relativos ao aluguer de covas para cozidos a particulares, utilizadas exclusivamente pelos residentes na ilha de S. Miguel – que tinham impacto significativo na economia local - e que sofreram uma redução drástica;

Recordamos que as entradas dizem respeito sobretudo a estrangeiros, na sua maioria em autocarros em trânsito pela ilha e que nenhum contributo dão à economia local, sendo o valor pago suportado na maioria das vezes pelos operadores turísticos, o que representa um custo adicional para as empresas;

Tal como prevíamos, as taxas afastaram os micaelenses da lagoa das Furnas e transformaram aquele espaço numa bilheteira da câmara da Povoação, com resultados desastrosos quer para o município, quer para a economia do concelho e muito em particular para a economia das Furnas e os seus efeitos só não se fazem sentir com maior evidência, porque estão camuflados pelo aumento significativo do número de turistas originado com as companhias aéreas low cost.

Furnas, 31 de Agosto de 2015

Luís Quental.

(Presidente da Direcção)

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