Face aos números
triunfalmente apresentados pelo presidente da câmara da Povoação, vem a
Associação Empresarial das Furnas esclarecer o seguinte:
De
acordo com os números da própria câmara da Povoação (ver anexo), o custo mensal
da gestão e exploração das caldeiras da lagoa das Furnas ascende a €15.586.08,
representando nestes 6 meses um valor total de €93.516.48;
A
considerar-se como verdadeiro o total de entradas de 103 mil pessoas, a câmara
da Povoação arrecadou um total de €51.500.00, a que corresponde um resultado
líquido negativo de €42.016.48 (€51.500.00-€93.516.48=€42.016.48);
Foram
propositadamente omitidos os números relativos ao aluguer de covas para cozidos
a particulares, utilizadas exclusivamente pelos residentes na ilha de S. Miguel
– que tinham impacto significativo na economia local - e que sofreram uma
redução drástica;
Recordamos
que as entradas dizem respeito sobretudo a estrangeiros, na sua maioria em
autocarros em trânsito pela ilha e que nenhum contributo dão à economia local,
sendo o valor pago suportado na maioria das vezes pelos operadores turísticos,
o que representa um custo adicional para as empresas;
Tal
como prevíamos, as taxas afastaram os micaelenses da lagoa das Furnas e
transformaram aquele espaço numa bilheteira da câmara da Povoação, com
resultados desastrosos quer para o município, quer para a economia do concelho
e muito em particular para a economia das Furnas e os seus efeitos só não se
fazem sentir com maior evidência, porque estão camuflados pelo aumento
significativo do número de turistas originado com as companhias aéreas low
cost.
Furnas,
31 de Agosto de 2015
Luís
Quental.
(Presidente
da Direcção)
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