Foto de: Um Olhar Povoacense |
O efeito do término abrupto dos programas ocupacionais já se está a sentir, principalmente nas juntas de freguesia que infelizmente não possuem capacidade financeira para contratar pessoal.
As pessoas que são contra os programas, são os mesmo que exigem as ruas limpas a tempo e horas, os caminhos agrícolas transitáveis, os trilhos em condições, os buracos tapados à porta de casa e um serviço público de qualidade a tempo e horas. Mas esquecem-se que é necessário pessoal. Quem mais sofrerá com esta redução abrupta são os munícipes das localidades pequenas.
A redução dos programas pode e deve acontecer, mas progressivamente, consoante as necessidades e carências de cada localidade. É preciso também avaliar a capacidade de contratação de cada instituição. A Redução dos programas em juntas pequenas requer um aumento do financiamento para a contratação efetiva de pessoal.
As juntas diariamente extravasam as suas competências, assumindo muitas vezes o papel de Secretarias e Direções Regionais. Mas são estes senhores secretários e Diretores Regionais alguns dos responsáveis por esta redução atabalhoada de programas. Contrate-se, dizem eles, mas basta olhar para as nossas estradas, escolas e outras tantas valências públicas e ver que a necessidade de mão de obra é urgente! Se o governo não contrata, como exigem que contratemos?
Exige-se uma redução progressiva e ponderada, salvaguardando o funcionamento dos serviços públicos primários! Começo a pensar que o Governo anda a autosabotar-se!
Não exigimos programas! Exigimos alternativas a eles! Quem sofre é o cidadão comum!
Sérgio Medeiros
Água Retorta, 22 de junho de 2022
Sem comentários:
Enviar um comentário