A Secretária Regional da Energia, Ambiente e
Turismo salientou hoje que a construção do canal de desvio de afluentes da
Ribeira do Salto da Inglesa e a consolidação do canal do Salto do Fojo
corresponde a um dos “maiores investimentos de sempre” no processo de combate à
eutrofização das lagoas de São Miguel, neste caso, a das Furnas, no âmbito de
medidas como “a alteração do uso dos solos, estudos, ensaios, intervenções
paisagísticas e outras obras hidráulicas”.
“Toda e qualquer medida que ajude a melhorar a
qualidade da água das nossas lagoas é um investimento prioritário para o
Governo dos Açores, desde logo por aquilo que as lagoas representam enquanto
ecossistemas únicos e importantes reservatórios de recursos hídricos, mas
também como elementos marcantes da paisagem açoriana”, afirmou Marta Guerreiro.
A titular da pasta do Ambiente, que falava,
nas Furnas, na inauguração daquela empreitada, frisou que, com esta
intervenção, "que representou um investimento de cerca de 1,5 milhões de
euros, a carga de nutrientes que afluem à Lagoa das Furnas será
substancialmente reduzida, ao mesmo tempo que se diminuirá a sua dinâmica de
assoreamento”.
Marta Guerreiro assegurou que, “apesar dos
indicadores positivos já registados nesta lagoa, como em outras, continua a ser
prioritário prosseguir com a recuperação do estado trófico das massas de águas
degradadas e que foram sujeitas a pressões que provocaram a sua eutrofização”.
“O Governo dos Açores tem colocado um
verdadeiro empenho no combate a esta problemática”, assegurou.
Nesse sentido, recordou “a aquisição de cerca
de 265 hectares de terrenos agrícolas, o que permitiu a retirada de áreas
significativas de pastagem, a remoção de toneladas de resíduos abandonados e a
transformação da paisagem, nomeadamente através da eliminação das espécies de
plantas invasoras e substituição por flora nativa, recriando áreas de
floresta”.
Na sua intervenção, destacou ainda a
reflorestação iniciada recentemente “em mais de 60 hectares da última parcela
no perímetro da lagoa em que foi retirada a atividade pecuária", uma zona
que "vai receber cerca de 250 mil árvores de espécies endémicas”.
Marta Guerreiro salientou ainda "o
desenvolvimento, em parceria com o Instituto Superior Técnico, de um projeto e
ensaio que visa conceber o protótipo de uma unidade móvel de filtração de
nutrientes presentes nas massas de água, numa perspetiva curativa, cujos
resultados obtidos até agora são bastante animadores”.
A Secretária Regional reafirmou que este é “um
caminho longo”, referindo os “muito competentes colaboradores da administração
regional e os centros de investigação que investem no presente para garantir a
sustentabilidade do futuro”.
GaCS/HMB
Povoação, Quinta-feira, 8 de fevereiro de
2018.
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