A Secretaria Regional da Agricultura e
Florestas, através da Direção Regional dos Recursos Florestais, informa que, a
partir de hoje, sexta-feira, 29 de dezembro, é proibido caçar em toda a ilha de São
Miguel devido a um novo surto da nova variante da Doença Hemorrágica Viral
(DHV) que está a afetar a população de coelho-bravo.
A partir de hoje, fica igualmente
proibido libertar cães de caça em qualquer tipo de terreno onde exista ou
ocorra fauna cinegética.
A decisão de interditar a caça e a circulação
de cães de caça visa “minimizar a disseminação da doença, até que seja
determinado o fim do surto e os seus efeitos na população do coelho bravo local
(Oryctolagus cuniculus L.) sejam devidamente avaliados”.
O vírus transmite-se por contacto direto entre
coelhos doentes, contato com material orgânico proveniente de coelhos doentes
ou através de vetores vivos e de objetos contaminados, podendo os caçadores e
os cães de caça funcionar como um meio de disseminação da doença.
A Secretaria Regional da Agricultura e
Florestas informa ainda que a salvaguarda das culturas agrícolas, em situações
pontuais e localizadas, será sempre possível com o recurso à correção da
densidade populacional do coelho-bravo.
No final de novembro decorreu na ilha de São
Miguel uma nova recolha de amostras de coelho-bravo para dar continuidade ao
estudo sobre a evolução da Doença Hemorrágica Viral (DHV2) nos Açores,
implementada pela Direção Regional dos Recursos Florestais, com a colaboração
do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da
Universidade do Porto (CIBIO-UP), que ocorre desde 2015.
A nova variante do vírus da Doença Hemorrágica
Viral, identificada em França em 2010 e que em 2012/13 desencadeou um surto no
continente português, com uma elevada taxa de mortalidade, chegou aos Açores em
novembro de 2014, tendo sido a Graciosa a primeira ilha a ser afetada.
GaCS/RM
Povoação, Sexta-feira, 29 de dezembro de 2017.
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