Quem não gosta de fazer um trilho?
O Trilho da Lobeira/Ponta Graça, trajeto que compreende a extensão de 6Kms, aproximadamente, entre a Ribeira Quente e a Ponta Garça, cujo trilho foi aberto pelos primeiros povoadores da ilha, decorre quase sempre junto à costa e apresenta algumas subidas e descidas, como alguns cursos de água pelo meio.
Durante esse percurso e para quem tem conhecimento de causa, vamos encontrar várias zonas cada qual com o seu nome, como por exemplo:
Na zona denominada "Quebrada", por ter havido anteriormente um desabamento de terras naquele local (há cerca de 40 e poucos anos atrás), por volta das 4H30 da manhã, o que pareceu perante a população da freguesia um forte abalo de terra sentido pela mesma, mas afinal era o tal desabamento de terras, que soterrou o caminho antigo de acesso à freguesia vizinha de Ponta Garça/Ribeira Quente, caminho esse relativamente perto da beira-mar, do calhau, atualmente designado por zona dos Forninhos". Quando se deu a esse desabafamento de terras houve a necessidade urgente de uma intervenção das autoridades locais e até do próprio Governo Regional com as suas maquinarias, a fim de abrir outro acesso e em abono de verdade esse muito mais difícil devido aos seus rochedos. O acesso era urgente abrir-se devido à colheita dos produtos agrícolas como foi o caso do milho, feijão e principalmente as uvas que eram urgentes serem acarretadas para as casas dos proprietários, a fim de que não se estragassem todo o esforço e o trabalho árduo durante um ano. Sendo assim, deu-se origem a um outro caminho de acesso às referidas freguesias, por isso é que se designou pelo nome de "Quebrada"...tal e qual como é conhecido atualmente.
Na zona da Lobeira existem ainda algumas "barracas" nas cavidades das barreiras, que em tempos serviam de abrigos às pessoas em caso de muitas chuvas.
Na zona da Lobeira há uma casa de apoio à agricultura (em ruínas), onde só não existia era a luz eléctrica, de resto havia de tudo, até os animais domésticos, (porcos, galinhas, coelhos, marrecos, etc), uma casa completa, uma casa de moradia que durante mais de 30 anos meu pai tomou conta e das propriedades anexas pertenças à mesma. Uma casa que o seu proprietário confiou a meu pai. Era conhecida por: a casa do Senhor Cristiano.
João Costa Bril.
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