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quarta-feira, 30 de março de 2022

CONCERTO DA BANDA HARMONIA MOSTEIRENSE E TRIO ORIGENS FOI NOITE HISTÓRICA PARA A VIOLA DA TERRA

No passado sábado, dia 26 de Março de 2022, a Banda Harmonia Mosteirense e o Trio Origens subiram ao palco do Coliseu Micaelense para um concerto dedicado à tradição.


O concerto foi subordinado ao tema “De Corações unidos pela Cultura Açoriana”, e pretendeu homenagear aquilo que é mais precioso na identidade de um povo: a sua Cultura. Dignificar os músicos, compositores e escritores açorianos, bem como a Viola da Terra foi o grande objetivo deste concerto.


A primeira parte do concerto voltou a dar a conhecer um dos trabalhos do compositor açoriano Hélder Bettencourt, que compôs uma obra que integra a declamação de um poema de Manuel Tomás. Homenageou, também, o povo da Ucrânia e os nossos conterrâneos de São Jorge, pelo momento complicado que atravessam, culminando com uma homenagem, em vida, a Manuel Dinis Almeida, um dos maiores impulsionadores da Banda em todos os seus anos de existência, através de uma composição original do seu neto, Miguel Almeida.

Na segunda parte do concerto Rafael Carvalho apresentou “Origens”, a solo, num ano em que comemora 10 anos da edição do seu primeiro álbum. De seguida, com o irmão César Carvalho e com a Banda Harmonia Mosteirense apresentaram de 2 modas tradicionais Açorianas:


“Pezinho Velho” e “Balho da Povoação”, com arranjos de Hélder Bettencourt, e que foram estreadas em 2008 no concerto Comemorativo do 10.º Aniversário da Orquestra Regional Lira Açoriana, com o trio Musica Nostra.


O final do concerto contou com o Trio Origens, com Carolina Constância (Violino), César Carvalho (Violão) e Rafael Carvalho (Viola da Terra), que se juntou à Banda Harmonia Mosteirense para mais um momento musical que fica na história da Viola da Terra, com a apresentação de 6 músicas: “Cantiga Bailada” (Beira- Baixa), “Rema” (Faial), “Lundum” (São Miguel), “Chamateia” (Luís Alberto Bettencourt e António Melo Sousa), “El Açor (Sérgio Ávila) e “Danza del Oso” (Astúrias), com extraordinários arranjos de Eduardo Brito, preparados propositadamente para este concerto, e com Direcção Musical do Maestro Carlos Sousa.


Depois do momento inédito de 2008, com a OLRA e Musica Nostra, em que a Viola da Terra esteve pela primeira vez na sua história como solista para Banda, e ainda em 2018, no XXV Aniversário do Comando Operacional dos Açores, como solista de uma música, aparece agora, no espectáculo musical do passado sábado, através do trabalho desenvolvido pelo trio Origens, em mais um momento musical que fica para a história do instrumento nos Açores e para a história da Viola de Arame no nosso País.


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